Internet de Alta Velocidade em casa: Portugal está no top 5 da Europa

Este estudo foi realizado pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) — órgão regulador das comunicações postais e eletrónicas em Portugal — e compara dados estatísticos com o período homólogo do ano passado.

Para referência, a definição de internet ultra-rápida fica associada a FTTH (fiber-to-the-home), ou seja, desde o local de saída até ao recetor de fibra dentro da habitação, enquanto FTTB (fiber-to-the-building) pode ser considerada internet de alta velocidade (chegando até ao prédio por fibra ótica, no entanto, por cabo ethernet ao interior da habitação).

Segundo dados do FTTH Council Europe (corroborados pela ANACOM), em setembro de 2021, Portugal tinha uma cobertura de fibra ótica (FTTH/B) de 86,8%, colocando-nos em 5.º lugar na EU39 (Europa de 39 países). Pela frente estavam países como Letónia (1.º), Espanha (2.º), Israel (3.º) e Noruega (4.º). Ainda nestes dados, Portugal é o 7.º país com menor trabalho a fazer para concluir a implementação em todos os agregados familiares (restando apenas cerca de 536 mil casas em 5.859 milhões de casas).

De acordo com a ANACOM, “no 1.º trimestre de 2022, o número de clientes residenciais de serviços de alta velocidade em local fixo atingiu 3,4 milhões, mais 7,6% do que no mesmo período do ano anterior (9,4% no 1.º trimestre de 2021). De referir que cerca de nove em cada dez novos clientes de redes de alta velocidade contrataram um serviço suportado em redes de fibra ótica (FTTH) […]”.

Em local fixo, cerca de 80,7% das famílias residentes em solo nacional que usufruíam de ligações de alta velocidade, no entanto, as assimetrias nacionais fazem-se sentir em matéria de distribuição dessas ligações. Lisboa lidera a penetração de fibra nacional com 94,7%, o Norte com 77,1% superado pelos Açores, Madeira e Algarve e em último na tabela está o Alentejo com uma penetração de 62,9%.

“Estima-se que, no mínimo, cerca de 5,9 milhões de alojamentos estavam cablados com uma rede de alta velocidade […]. A cobertura das redes de alta velocidade foi de 92,5%, mais 2,8 pontos percentuais (p.p.) que no mesmo período de 2021″ refere o órgão regulador luso. Isto reflete algum do esforço que tem sido feito em território nacional pelas empresas de telecomunicações e pelos compromissos que assumem com os clientes na modernização de infraestruturas e da competitividade.

Ainda neste estudo da Autoridade Nacional de Comunicações portuguesa, é referido que o número de casas equipados com fibra ótica do tipo ultra-rápida FTTH chegou a um impressionante valor de 5,8 milhões (grande parte das habitações existentes em território nacional), mais 4,4% do que no período do ano passado (que não sendo elevado quando comparado com outros países europeus pode ser visto como curioso) e atingido uma marca de cobertura de 90,4%.

“O número de alojamentos cablados com acessos de alta velocidade suportados em redes de TV por cabo (HFC – Hybrid Fiber Coaxial) diminuiu 0,4% face ao trimestre homólogo, totalizando 3,7 milhões. A cobertura deste tipo de redes era de 57,4%” acrescenta ainda a ANACOM no final do estudo. Este tipo de ligação tem perdido cada vez mais adeptos face às suas limitações em matéria de velocidade de ligação, o que compromete a competitividade neste campo para nos conectarmos com eficácia ao resto do mundo.

Fonte ANACOM

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