Inteligência Artificial: Reino Unido quer liderar o campo da Ética

A inteligência artificial representa um risco para a humanidade? Que tipo de utilizações de IA nocivas para os humanos poderão ser feitas? Como podemos evitar que a IA seja utilizada para a destruição? O Reino Unido quer liderar e estabelecer os guias internacionais do que pode e não pode ser feito com a inteligência artificial por parte de empresas e governos.

Numa publicação de uma comissão especializada do parlamento britânico, é recomendado que o Reino Unido invista na investigação sobre a ética da utilização da inteligência artificial. O relatório afirma que o Reino Unido não conseguirá competir na parte tecnológica contra as grandes potências, mas que poderá ter um papel fundamental a delinear os parâmetros de utilização internacional da tecnologia.

A ideia é colocar o Reino Unido a liderar “uma rede comum de desenvolvimento ético na utilização de sistemas de inteligência artificial”. Para o fazer, o Reino Unido pode utilizar alguns dos importantes recursos de que dispõe, como universidade de prestígio, uma industrial legal viva e instituições respeitadas a nível internacional como a BBC.

Muito atrás da China e dos EUA

Esta recomendações surgem na sequência da constatação que o Reino Unido não conseguirá investir tanto dinheiro no desenvolvimento de inteligência artificial como os concorrentes, em particular os Estados Unidos da América e a China. Em termos comparativos, entre 2012 e 2016, o Reino Unidos investiu cerca de $860 milhões de dólares na inteligência artificial, o que torna o país o terceiro maior investidor nesta área. Mas esta quantia é tímida quando comparada aos $2.6 biliões investidos pela China no mesmo período ou os $18.2 investidos pelos americanos. Assim, os autores do relatório afirmam que o Reino Unido não conseguirá competir com esta duas potências em termos tecnológicos.

Que tipo de ética defendem os autores para a inteligência artificial?

Os autores defendem um “Código de IA”, que deveria ser utilizado a nível nacional e mesmo internacional. Tem como base 5 princípios fundamentais:

– A inteligência artificial deverá ser utilizada para o bem comum e benefício da humanidade.
– A inteligência artificial deverá operar em princípio de inteligibilidade e equidade.
– A inteligência artificial não deverá ser utilizada para diminuir os direitos de privacidade dos indivíduos, famílias ou comunidades.
– Todos os cidadãos deverão ter o direito de ser educados para que possam florescer mentalmente, emocionalmente e economicamente ao lado da inteligência artificial.
– O poder autónomo para causar dano, destruir ou enganar humanos nunca deverá ser colocado em inteligência artificial.

Fonte: The Verge

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