Os robots e a inteligência artificial estão a “roubar” muitos trabalhos aos humanos devido ao aumento exponencial das suas capacidades. No entanto, estas capacidades raramente são associadas ao campo artístico ou imaginativo, onde os humanos consideram que são insubstituíveis.
Há um grupo de investigadores franceses que pretende destronar esta ideia, e acredita ter criado um algoritmo de computador capaz de criar pinturas originais que relembram os trabalhos de mestres da pintura como Rembrandt.
Uma baroa imaginada
Este conjunto de pinturas da “Baroa de Belamy” e das suas relações aristocráticas foram totalmente desenhadas por esta inteligência artificial. O seu acabamento não é perfeito, e talvez Rembrandt não ficasse impressionado com a técnica desta inteligência artificial, mas muitos apreciadores de arte estão genuinamente impressionados. Algumas destas obras foram colocadas à venda na prestigiada casa de vendas Christie.
À venda por $10 mil dólares
Algumas destas pinturas foram bem recebidas pelos compradores da Christie, e foram vendidas entre $7.000 e $10.000 dólares. Nada maus para pinturas feitas por um robot.
“Nós somos artistas com um tipo diferente de pincel. O nosso pincel é um algoritmo desenvolvido num computador,” referiu Hugo Caselles-Dupre, um engenheiro computacional que fundou um grupo com amigos de infância do qual agora surge este algoritmo.
Uma utilização do Generative Adversarial Network
A base deste algoritmo é o Generative Adversarial Network (GAN), um algoritmo que aprende ao ser “alimentado” com bases de dados de imagens. Neste caso, foi “alimentado” com 15.000 retratos. Os autores do algoritmo destacam que existe um “processo artístico” por trás dos visuais conseguidos pelo algoritmo, apesar de admitirem que as imagens produzidas ainda estão longe da perfeição. “O facto de que ainda não é perfeito, eu penso que é lógico porque a tecnologia ainda é muito nova”.
Ainda assim, esta é uma clara indicação que o mundo da arte não está fora do alcance dos robots.
Fonte: Reuters
