Intel investirá 30 bilhões de euros na Alemanha numa expansão histórica

A Intel irá investir mais de 30 bilhões de euros na Alemanha, o maior investimento estrangeiro na principal economia da Europa. Esse investimento inclui a construção de duas fábricas de semicondutores em Magdeburg, com 10 bilhões de euros em subsídios alemães. O CEO da Intel, Pat Gelsinger, expressou gratidão ao governo alemão por cumprir a visão de uma indústria de semicondutores vibrante.

A indústria mundial de fabricação de semicondutores deve atingir US$ 1 trilhão até 2030, contra US$ 600 bilhões em 2021. A Alemanha, juntamente com outros países, está tentando atrair grandes players industriais por meio de subsídios e legislações favoráveis.

A construção das novas instalações da Intel em Magdeburg deve criar milhares de empregos e impulsionar a inovação na indústria de semicondutores da Europa. Esse investimento da Intel é um voto de confiança na economia alemã e na capacidade da indústria local de se manter na vanguarda da tecnologia.

“O acordo de hoje é um passo importante para a Alemanha como um local de produção de alta tecnologia e para a nossa resiliência”, disse o chanceler Olaf Scholz na segunda-feira.

“Com esse investimento, estamos a alcançar tecnologicamente o que há de melhor no mundo e expandindo as nossas próprias capacidades de desenvolvimento de ecossistemas e produção de microchips”.

Além disso, a presença da Intel na Alemanha também deve impulsionar a economia local. As empresas fornecedoras de tecnologia e serviços devem se beneficiar diretamente do investimento da Intel na região, criando um efeito multiplicador na economia local.

Por sua vez, o governo alemão está a trabalhar para melhorar o ambiente de negócios do país, atraindo investidores estrangeiros e incentivando a inovação tecnológica. As políticas fiscais e de subsídios estão a ser criados para facilitar a instalação de empresas estrangeiras, bem como promover a criação de empresas locais que possam competir internacionalmente.

A Intel anunciou planos no ano passado para construir um grande complexo de chips na Alemanha e instalações na Irlanda e na França, uma vez que procura beneficiar-se de regras de financiamento e subsídios mais fáceis da Comissão Europeia. A UE está a tentar reduzir a sua dependência do fornecimento de chips dos EUA e da Ásia.

“Perdemos esta indústria para a Ásia, temos que ser competitivos se quisermos trazê-la de volta”, disse ele.

Fonte: Reuters

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