Impressoras 3D podem causar AVCs, alertam investigadores

Impressora 3D para comidaUm grupo de investigadores do Illinois Institute of Technology, nos Estados Unidos alerta para o facto das impressoras 3D (tão em voga atualmente) poderem causar acidentes vasculares cerebrais (AVC), quando não inseridas num local apropriado.

A impressão 3D consiste num processo de fusão de filamentos de plástico que originam objetos sólidos de camadas muito finas. A tecnologia utilizada até agora numa ampla gama de indústrias de construção aeronáutica ou aeroespacial, está há pouco tempo a começar a fazer sucesso junto do público vulgar.

No entanto, estas impressoras podem não ser tão “inofensivas” como se pensa. Muitas das que se encontram hoje no mercado recorrem a um processo que dá pelo nome de “extorsão e deposição termoplástica”, que emite partículas ultrafinas (UFPs) para o ar.

Estas partículas são menores que 100 nanometros de diâmetro mas, quando inaladas, podem acumular-se nos pulmões ou entrar diretamente na corrente sanguínea, resultando em efeitos nefastos à saúde, incluindo paragens cardio-respiratórias, acidentes vasculares cerebrais ou asma.

Num ambiente industrial, as UFPs são normalmente removidas por um sistema de ventilação, mas as impressoras comerciais que se encontram no mercado são vendidas sem qualquer ventilação ou acessórios de filtração.

3Doodler Torre Eiffel

A equipa do Instituto de Tecnologia de Illinois chegou a esta conclusão depois de testar dois  materiais de impressão 3D diferentes mais utilizados em impressoras- o acrilonitrila-butadieno-estireno (ABS) e o ácido polilático (PLA) – e analisar quantos UFPs libertava cada um. O primeiro emite 10 vezes mais UFPs que o segundo, revelando uma taxa de emissão igual àquela registada durante a confeção de produtos num fogão a gás, por exemplo.

Estes resultados sugerem cautela no momento de utilização de algumas impressoras disponíveis no mercado 3D em ambientes fechados sem ventilação ou inadequadamente filtrados“, refere o autor do estudo, Brent Stephens num artigo publicado numa revista da especialidade.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui