Hungria vai colocar IA a fazer perguntas a viajantes que queiram entrar no país

A distopia sci-fi parece estar prestes a chegar à fronteira da União Europeia. Na Hungria, Letónia e Grécia, irá ser introduzido um projecto-piloto que envolve um agente de fronteira virtual com um detector de mentira automatizado. O sistema chama-se iBorderCrtl e será introduzido durante seis meses, liderado pela Policia Nacional da Hungria em quatro pontos fronteiriços diferentes.

O coordenador do projecto, George Boultadakis, referiu que o objectivo passa por utilizar tecnologias antigas e novas para melhorar a segurança das fronteiras europeias. “O sistema do iBorderCtrl irá coleccionar informação que irá além das biométricas e entrar nos biomarcadores da mentira.”

Um sistema complexo e polémico

Este agente virtual irá perguntar questões aos viajantes depois de terem passado pelos checkpoints. Entre as perguntas possíveis deste sistema estão: “O que está na tua mala?” e “Se você abrir a sua mala e mostrar o que está no interior, irá confirmar que as suas respostas foram verdadeiras?”.

O sistema irá gravar as faces dos viajantes e, através de inteligência artificial, analisar 38 micro-gestos diferentes. O agente terá instruções para se adaptar ao género, etnicidade e língua de quem entrou no país.

A inteligência artificial fará uma triagem inicial

Os viajantes que passem o teste irão receber um código QR que permitirá que passem a fronteira. Se não passarem o teste do agente virtual, serão encaminhados para um agente humano que irá analisar o relatório da inteligência artificial.

Segundo o New Scientist, este programa não irá neste momento impedir ninguém de entrar no país, na medida em que se encontra em fase de testes. O sistema, segundo os coordenadores do projecto, ainda precisa de ser testado e melhorado antes de ser utilizado a uma grande escala. Há muitas questões referentes à sua eficácia. Existem também questões éticas: será que a União Europeia quer permitir que as suas fronteiras sejam controladas por robots? Um tema que continuaremos a acompanhar.

Fonte: Gizmodo

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