Humane, uma empresa que aspira ser protagonista de um futuro onde a tecnologia dos smartphones como a conhecemos faz parte do passado, está a desvendar um novo tipo de tecnologia vestível – um sonho ambicioso que não se realiza com facilidade.
A empresa pretende estabelecer o alicerce para esta longa jornada com o lançamento do seu primeiro produto em breve, segundo a Fast Company.
Após cinco anos de pesquisa, desenvolvimento e muita especulação, a Humane apresentou ao mundo o Ai Pin, um dispositivo vestível sem ecrã, impulsionado por inteligência artificial e considerado “revolucionário” pelos seus criadores. Contudo, a dois meses do lançamento do Ai Pin, a empresa cofundada por ex-funcionários da Apple tomou a decisão de despedir parte da sua equipa.
O lançamento do Ai Pin, previsto para março nos Estados Unidos, é um marco importante para a Humane. Contudo, antes deste lançamento, a empresa anunciou o corte de 4% da sua força de trabalho, o que representa cerca de 10 funcionários. Estas mudanças incluem também a transição do CTO, Patrick Gates, que deixará a estrutura corporativa para assumir uma posição de consultor.
Esta reestruturação deve-se ao desejo de Gates de passar mais tempo com a família e a um plano de redução de custos, que também envolve um corte no orçamento anual da empresa, que já arrecadou mais de 200 milhões de dólares em rondas de financiamento.
O Ai Pin, que custará cerca de 700 euros, foi projetado para ser usado como um acessório de vestuário. Os utilizadores podem falar com o dispositivo para enviar mensagens ou guardar lembretes, e dispõe ainda de controlos táteis para atender chamadas e um projetor que funciona na palma da mão, eliminando a necessidade de um ecrã.
O Ai Pin representa uma visão inovadora e disruptiva para o futuro da tecnologia móvel, ainda que a empresa tenha passado por várias mudanças internas, incluindo cortes de pessoal e uma reestruturação da equipa de liderança, no esforço de reduzir custos antes do lançamento do produto, o que poderá por em causa a sua estabilidade e capacidade para atingir os objetivos.
Fonte: Fast Company
Na minha opinião, esse produto é um acessório para meninos ricos. Está muito longe de superar qualquer telemóvel, em funcionalidade e possibilidades.