Foi anteontem, no dia 3 de novembro, que a Huawei levou-nos a Munique para conhecer o novo topo de gama da fabricante chinesa. E olhem que valeu bem a pena!
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Huawei Mate 9 Porsche Design: Primeiras Impressões
Huawei Mate 9 (Em vídeo)
Huawei Mate 9: Primeiras Impressões
Para começar, a apresentação da Huawei foi bem diferente do habitual. O CEO da Huawei chegou ao evento num Porsche antigo, para apresentar os novos produtos, com destaque para o Mate 9, nomeadamente para o Porsche Design.
O CEO mostrou o produto e depois chamou ao palco o CEO da Porsche. Adivinhem lá como ele chegou ao palco? De Porsche, claro, mas neste caso numa bomba recente. Esta parte inicial foi bem diferente do que estamos habituados e temos de aplaudir a Huawei por tentar ser algo original e diferente. Já que em termos de design, não há grande inovação.
Huawei Mate 9 Porsche Design
Infelizmente não tivemos a oportunidade de estar muito tempo com o Huawei Mate 9 Porsche Design e dificilmente teremos a oportunidade de o ver em Portugal. Até porque não está previsto que o mesmo chegue ao nosso mercado (Também com aquele preço!!!). No entanto conseguimos tirar umas pequenas impressões iniciais.
Não há duvida que o produto é uma excelente peça de design. Com acabamentos de uma grande qualidade, no entanto não há como não o comparar com o Galaxy S7 Edge. Um dos colegas jornalistas tinha um produto equivalente e é óbvio as parecenças. Tudo bem, há pormenores únicos e o simples facto de ter o Porsche Design na parte frontal, torna-o num equipamento único, mas há obrigação de fazer algo revolucionário.
Depois temos as laterais redondas, tal como o produto da sul-coreana. Não tivemos tempo para perceber se haverá algumas opções exclusivas para esse ecrã, como há na Samsung, mas pareceu-me mais a beleza única que o equipamento tem com as laterais arredondadas.
Além deste “pormenor”, a resolução também é muito melhor, dando o salto, finalmente, para o 2K, uma resolução que a concorrência já conseguiu há algum tempo. À primeira vista não notamos grande diferença, mas certamente que num teste mais rigoroso, conseguiremos ver as diferenças entre o Mate 9 Porsche Design e um Mate 9 “normal”.
Em termos de processamento é de outro mundo: 6GB de RAM com o Kirin 960. Não podemos correr testes de desempenho, mas haverá poucas dúvidas que estará no top do AnTuTu em breve. Depois há o botão frontal que faz de sensor de impressões digitais (até aqui Huawei!). Não escondo que sou fã do sensor na parte de trás e, por isso, não concordo com este botão aqui, seguindo a mesma ideologia presente no concorrente.
Mas neste ramo há inovação e aqui a Huawei conseguiu surpreender. É que como tem um botão físico, podemos utilizar o ecrã, sem ter botões no ecrã e sem mais botões físicos. Como? A Huawei adicionou funcionalidades extra ao botão físico central, sendo que para voltar para trás pressionamos longamente no botão e para ver as aplicações abertas temos de pressionar duas vezes. Está original e acredito que após uma habituação ao sistema, será uma excelente opção.
De resto, é quase tudo igual ao Huawei Mate 9, que como temos uma unidade cedida pela Huawei, tivemos melhor oportunidade para trazermos umas primeiras impressões de qualidade. Tanto escrito, como em vídeo, como pode ver já de seguida.
Huawei Mate 9: Primeiras impressões em vídeo
Huawei Mate 9: Primeiras impressões
A surpresa acabou por não ser este produto, mas é o novo topo de gama da fabricante chinesa e é com Mate 9 que a Huawei quer conquistar o mercado. Principalmente após a Samsung ter falhado redondamente com o Galaxy Note 8, o segmento de phablet tem em falta um produto de qualidade. Mas chegou este Huawei Mate 9 e não há dúvida que irá convencer até ao mais céticos.
Comecemos pelo design que é de grande qualidade. À primeira vista, não há grandes alterações em comparação com os antecessores, mas não deixa de ser uma qualidade de construção do melhor que há, com acabamentos metálicos de alta qualidade e o vidro frontal com curvatura 2,5D muito subtil.
Este equipamento, apesar de grande é bastante ergonómico. Claro que não será qualquer pessoa que o conseguirá utilizar apenas com uma mão, mas encaixa bem na mão e tem um toque muito bom. Para um dispositivo com um ecrã de 5,9 polegadas, percebemos que a parte frontal está muito bem aproveitada e não o torna num equipamento demasiado grande.
Apesar disto tudo, é um equipamento extremamente fino, com aquela curvatura traseira que lhe permite ser ergonómico, também o torna muito fino nas laterais, o que é bem interessante.
Depois há o peso que, como seria de esperar é um pouco superior aos smartphones “normais”, no entanto temos de perceber que é um equipamento maior e com uma bateria de 4000 mAh. Não se pode ter tudo e eu prefiro um smartphone um pouco mais pesado, mas com uma duração maior e se for igual ao Mate 8, certamente que o conseguirá.
Já que falamos em bateria, é impossível não falarmos de Huawei SuperCharge, uma nova tecnologia de carregamento rápido da Huawei. É complicado dizer neste fase inicial de testes se o produto é mesmo rápido a carregar, mas comparando com o Huawei P9, que é o meu smartphone principal, há uma grande diferente ao nível do carregamento. Falando de duração, também teremos de testar um pouco mais para saber o que acontece.
Não me posso esquecer de falar de uma funcionalidade que acho que dá muito jeito, mas que algumas fabricantes se têm “esquecido”: um sensor infra-vermelhos. Será que é uma adição assim tão cara que não possa ser colocada? A maioria das pessoas pode não utilizar, mas é sem dúvida uma opção que dá muito jeito e que, eu, pessoalmente, valorizo muito.
Passemos para o sensor de impressões digitais e não há grandes mudanças. A Huawei não indicou que seja novo, mas o sensor da Huawei tem sido tão bom, que não vejo como é que pode ser melhor. Continua a ser um dos melhores sensores de impressões digitais no mercado.
Não nos podemos esquecer da câmara, e neste ramo a Huawei não deixou ao acaso e voltou a “entregar” esta área à Leica, desta vez contando com um sensor de 20MP monocromático e um sensor “normal” de 12MP. A isto tudo de bom, ainda acrescentou estabilizador de imagem, felizmente. É que o que mais me chateia no Huawei P9 é não ter um estabilizador de imagem o que se notava, nomeadamente nos vídeos, mas agora isso muda e o estabilizador é bem percetível na realização de vídeos. Esta novidade também influenciará as fotografias noturnas, mas para isso teremos de fazer mais alguns testes.
No entanto nem tudo é perfeito e aqui continua com um defeito que acontece em muitos smartphones, a saliência da câmara. Tudo bem, é apenas uma pequena saliência, mas não deixa de ser um pouco incomodativo quando colocamos o equipamento num bolso. O Huawei P9 não tinha estabilizador, mas este tem. Será a consequência da saliência? Talvez e nesse caso devo admitir que prefiro ter esta pequena saliência a perder esta excelente funcionalidade, até porque eu uso capa e é automaticamente anulada.
Outra coisa que a Huawei faz bem nos phablets/gama Mate é a introdução de capas traseiras. Já o tinha feito com o Huawei Mate S e volta a fazer como Mate 9. Não é a mesma “capa inteligente”, neste caso é apenas uma capa traseira rígida, mas é melhor do que receber o equipamento e ainda ter de ir a correr comprar uma capa com medo que o smartphones caia e se estrague.
Falemos do processamento e com 4GB de RAM e o novo Kirin 960, o desempenho só pode ser soberbo. Estamos numa fase inicial do teste, mas o sistema é muito fluído e funciona de uma forma muito rápida, como seria de esperar. Já experimentei o Real Racing 3, leitor de vídeo e tudo funciona às mil maravilhas.
Passemos para a nova EMUI 5, baseado no mais recente Android 7.0 Nougat. Também aqui cumpre o que se esperava, sendo que com o EMUI 5 há algumas novidades. Além de uma grande mudança de design e vários pormenores de utilização, o EMUI continua, para mim, muito bom.
Já disse várias vezes que sou grande fã do Android original, mas não deixo de gostar bastante destas skins que “imitam” o iPhone, tal como a Rom da Xiaomi. Ainda há muito por descobrir, mas já descobri algumas coisas:
- Foi adicionado uma opção de ter as aplicações numa gaveta (tal como acontece no Android normal) ou tudo no ambiente de trabalho, como o EMUI apresenta.
- Uma mudança de design bem conseguida, mantendo a mesma bem colorida
- Mais intuitivo e mais rápido para chegar a outras opções
- Variados Temas
- O smartphone na horizontal permite ouvir o som em Estéreo
Estas são apenas algumas das coisas que já vi neste equipamento e não há duvida que estou surpreendido, pois trata-se a um produto de grande qualidade e que demonstra que a Huawei está forte no mercado a conquistar um lugar no topo a passos largos.
Após o fracasso do Galaxy Note 7, era esperado um produto que conseguisse colmatar esta falha e não há dúvidas que Mate 9 consegue. Alguns já lhe chamam o produto do ano. Demasiado, sem dúvida. Mas não há dúvida que estará na lota para ser o melhore smartphone de 2016 e, possivelmente, um grande sucesso de vendas a tempo do Natal.
