Huawei finaliza a oitava sinfonia de Schubert com recurso à IA

A Sinfonia n.º 8 de Schubert, criada em 1822, ficou conhecida como a “Sinfonia Inacabada”, uma vez que o autor apenas compôs os dois primeiros movimentos. 197 anos depois, a Huawei recorreu ao dual NPU (Neural Processing Unit) do smartphone Mate 20 Pro para juntar o poder da Inteligência Artificial (IA) às habilidades humanas e acrescentar os dois movimentos finais. Foram precisos 197 anos para alguém voltar a pegar com sucesso na Sinfonia n.º 8 de Franz Schubert, ainda que ao longo dos tempos tenham havido várias tentativas.

A demonstração decorreu no Cadogan Hall, em Londres, e, segundo a Huawei, a IA analisou o timbre, tom e métricas do primeiro e segundo movimentos da sinfonia para gerar a melodia para os movimentos finais e ausentes. Apesar do forte recurso à tecnologia, a marca chinesa contou com a colaboração de Lucas Cantor, um compositor austríaco galardoado com um Emmy, para “organizar uma partitura da melodia fiel ao estilo” da obra de Schubert.

Já o software analisou as características dos dois primeiros movimentos da sinfonia e a partir dessas informações, criou uma melodia para os dois últimos movimentos da peça.

De recordar que, na geração anterior, a Huawei demonstrou as capacidades do Mate 10 Pro colocando-o ao volante de um Porsche. Desta vez, deu ao Mate 20 Pro uma tarefa mais criativa e artística.

No final, a fabricante chinesa deixou o desafio no ar: “Se conseguirmos tornar isto realidade, o que mais podemos tornar humanamente possível?”.

A música criada via AI será, seguramente, uma das futuras preocupações de editoras e até, talvez, da SPA – Sociedade Portuguesa de Autores.

Os historiadores não chegaram a um consenso das razões que levaram Franz Schubert a abandonar a obra, já que apenas faleceu seis anos depois. Ligado à obra está uma pauta quase completa de um scherzo de piano, mas apenas duas páginas resistiram ao tempo.

Fonte: CBCMusic

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