Huawei estuda alternativa ao sistema Android

A Huawei está a trabalhar num sistema operativo alternativo ao Android. Segundo o jornal South China Morning Post (SCMP), que cita “quatro pessoas familiarizadas com os planos da empresa”, o novo sistema operativo para dispositivos móveis já está a ser desenvolvido desde 2012.

Esta informação, reproduzida pelo Engadget, chega depois de alguns relatos de que a Huawei está a ser investigada pelos EUA por violar sanções contra o Irão. Caso isto se confirme, seria a segunda vez nas últimas semanas que uma marca chinesa foi acusada de vender equipamentos ao Irão, violando as leis de comércio dos EUA.

A Huawei não confirmou a existência deste sistema operativo suplente, adiantando apenas que não tem planos para o lançar num “futuro previsível”. Dizem as mesmas fontes que o sistema operativo não terá sido lançado por não ter o nível de qualidade e apoio de aplicações do Android.

O caso da Huawei enquanto fabricante de smartphones Android que também tem um sistema operativo próprio não é caso único. Também a Samsung desenvolveu o Tizen, sistema operativo que acabou por ser implementado em alguns smartphones e também relógios inteligentes.

Recorde-se que a ZTE está a enfrentar uma proibição de utilização de tecnologia americana durante sete anos devido à venda de equipamentos ao Irão. Isto pode significar a proibição da utilização de processadores da Qualcomm. Ao mesmo tempo a ZTE pode deixar de ter acesso ao sistema operativo Android. O que é certo é a que esta proibição imposta à ZTE fez com que o governo chinês intensificasse os seus ambiciosos planos no que diz respeito à indústria doméstica de semicondutores.

De acordo com a Computerworld, o projeto referente ao sistema operativo da Huawei para dispositivos móveis teve início depois dos EUA terem iniciado uma investigação contra este fabricante e contra a ZTE. Segundo fontes próximas da Huawei, este projeto foi iniciado pelo fundador Ren Zhengfei de modo a que Huawei esteja preparada para os “piores cenários possíveis”. No entanto, esta plataforma ainda não foi apresentada ao mundo, uma vez que ainda não se encontra ao nível do sistema operativo Android. Até ao momento, ainda não há qualquer confirmação oficial sobre esta decisão, mas não é, em rigor a primeira vez que é trazida para cima da mesa a discussão em torno de uma alternativa fiável aos sistemas operativos mais “comuns”. A fiabilidade é aqui um factor determinante considerando os exemplos falhados como o sistema da Microsoft para dispositivos móveis.

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