Huawei é a primeira certificada para vender produtos 5G na UE

Os chineses da Huawei revelaram esta quarta-feira que se tornaram a primeira empresa a obter o certificado que autoriza a comercialização dentro da União Europeia de produtos que utilizam rede 5G. “Este certificado representa um passo significativo para a implementação comercial do 5G em grande escala”, afirmou, na mesma nota, a empresa.

A Huawei disse que “cumpriu rigorosamente” a regulação, em todas as fases de desenvolvimento dos seus produtos 5G, que “superaram várias fases de avaliação e inspeções meticulosas” e conseguiram o certificado “à primeira tentativa”. Aquele documento é indispensável para a venda ou importação de qualquer produto na UE, constituindo um certificado de qualidade e segurança.

Com sede na cidade de Shenzhen, centro da indústria tecnológica chinesa, a Huawei começou em 2009 a investigar o uso de redes 5G em todo o mundo e, só em 2017, investiu quatro mil milhões de yuan (515 milhões de euros) no setor.

A Huawei tem escritórios em Lisboa, onde conta também com um centro de inovação e experimentação. Segundo a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), a firma chinesa investiu 40 milhões de euros em Portugal, desde 2004.

A decisão acaba por reiterar a aposta que os asiáticos estão a fazer no mercado europeu, numa altura em que é turbulenta a sua presença no mercado americano. A Huawei, 3ª maior fabricante mundial e maior fabricante na China foi indiciada pela administração norte-americana como possível perigo para segurança dos utilizadores. Algo que a fabricante refuta com veemência. Ainda assim, a posição dos Estados Unidos da América tem-se endurecido. Principalmente depois de toda e qualquer empresa norte-americana ter sido proibida, por via jurisdicional, de negociar com a ZTE. As empresas americanas, como a Qualcomm, está para já impedida de negociar com a fabricante Android. As repercussões pode abranger também o software da Google. Agora, esta fabricante que quer alcançar a Apple, 2ª maior fabricante e a Samsung, atual líder de mercado, tem um percurso cada vez mais difícil. Segundo avança o New York Times, a Huawei está a despedir colaboradores e funcionários em solo norte-americano, algo que pode indiciar uma desistência desse mercado.

Neste momento o governo dos Estados Unidos da América considera a Huawei e os seus dispositivos Android um risco para a segurança. Alerta também todos os seus consumidores para esta situação. Entre as justificações da administração americana estão os subsídios estaduais colocados à disposição das empresas chinesas. Ora, sendo a Huawei uma delas é igualmente suspeita aos olhos dos EUA.

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