Guerra na Ucrânia traz mais preocupações com cibersegurança

A S21sec, uma das fornecedoras de serviços de cibersegurança na Europa, identificou no seu relatório semestral de referência, Threat Landscape Report, uma intensificação dos ciberataques contra os governos ocidentais aliados da Ucrânia, com o propósito de afetar infraestruturas críticas nos setores militar, logístico ou governamental.

O Conselho da União Europeia até já lançou um aviso oficial dos riscos de ciberataques a países europeus na sequência da guerra na Ucrânia.

A empresa, que analisou a evolução mundial do cibercrime no decorrer do segundo semestre de 2022, destacou as ciberameaças como um dos principais perigos para os organismos estatais de Defesa – houve intrusões em 42 países diferentes com 128 alvos de ataque específicos no campo militar e de defesa com o objetivo de identificar as vulnerabilidades dos organismos estatais.

Segundo o documento, o Serviço de Segurança da Ucrânia apontou que os ciberataques dirigidos contra o seu território triplicaram em 2022 em comparação com anos anteriores, uma situação que se alastra a governos dos países ocidentais aliados da Ucrânia, que também se viram afetados devido à intensificação dos ciberataques.

Nestes ataques destacam-se os grupos APT (Advanced Persistent Threats), que levaram a cabo ciberataques avançados com o objetivo de tentar provocar dano às infraestruturas de suporte dessas organizações.

“A maioria dos ataques tem como objetivo obter informação sensível dos Estados que têm um papel importante na NATO, com a finalidade de os destabilizar, pelo que é fundamental que todas as agências governamentais reforcem a sua operação de segurança tendo em vista o prolongamento do conflito cada vez mais cibernético entre a Rússia e a Ucrânia”, afirma Hugo Nunes, responsável da equipa de Intelligence da S21sec em Portugal, em nota enviada à imprensa.

No relatório foi identificado um total de 44 famílias de ransomware que afetam todo o tipo de setores com os hacktivistas a serem apoiados pelos chamados coletivos pró-russos e pró-ucranianos.

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