Guerra económica. A indústria robótica da China sofre um pesado abrandamento.

As vendas de robots industriais na China, o maior mercado do mundo para esta indústria, vão voltar a crescer em 2018. Porém, o crescimento sofreu um abrandamento brusco, e será de apenas um terço do que aconteceu em 2017.

Este abrandamento deve-se ao conflito económico entre os Estados Unidos da América. As tarifas impostas pelos americanos tiveram um grande impacto na indústria robótica chinesa, com os produtores a consideraram a possibilidade de colocar as suas fábricas noutros países.

De que números estamos a falar?

A Federação Internacional de Robótica, no seu relatório anual, prevê que a procura chinesa por robots vai crescer entre 15% a 20% este ano. Em 2017, o crescimento foi de 59%, tendo sido compradas 137.920 unidades.

O mercado chinês é o maior do mundo para esta indústria. As vendas neste país excedem as vendas dos Estados Unidos da América e da Europa combinados. Representam 36% do mercado mundial. Assim sendo, o impacto no mercado chinês terá implicações internacionais para a indústria robótica. A Federação, no mesmo relatório, prevê que o crescimento da procura a nivel internacional também irá abrandar. Enquanto que em 2017 houve um crescimento de 30%, 2018 deverá ver este crescimento abrandar para apenas 10%.

A guerra económica estará na causa deste abrandamento

O presidente da Federação Internacional de Robótica, Junji Tsuda, referiu que devido à guerra económica muitos produtores estão em modo de “esperar para ver”. Há quem esteja na expectativa se será proveituoso mover a produção para fora da China, para países como o Vietname ou, até, para os Estados Unidos.

Apesar do abrandamento, este mercado continua com números positivos

De facto, ocorreu um abrandamento brusco na procura e na venda de robots industriais. Os números não enganam, e o mercado encontra-se na expectativa do resultado desta guerra económica. Porém, os números continuam positivos, e não se prevê que os próximos anos sejam de prejuízos. O caminho para a automação industrial deverá continuar o seu rumo.

Fonte: Reuters

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