Guerra Cibernética. Estará a China envolvida nos mais recentes ataques no sul da Ásia?

Poderá este ser mais um caso de guerra cibernética entre nações? Segundo avança a Reuters, hackers ligados ao estado Chinês poderão ter estado envolvidos num conjunto de ataques a companhias e agências do governo da Malásia.

Estes alegados ataques surgem num contexto tenso entre ambos os países. O novo primeiro ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, estará na China na sexta-feira para renegociar e possivelmente cancelar projectos chineses no seu país que envolveriam biliões de dólares. Estes projectos foram autorizados pelo anterior governo.

A fonte é uma firma de segurança

Foi a firma de segurança FireEye a lançar o alerta para a comunidade internacional. Esta firma afirma ter encontrado indicações que actividades de espionagem cibernéticas estarão a ocorrer em grande escala pela Ásia, destacando os possíveis ataques do governo chinês à Malásia.

A chefe das operações de inteligência global da firma, Sandra Joyce, afirma que estes ataques não podem ser separados do contexto tenso entre ambos os países. “A Malásia aparece cada vez mais enquanto o alvo típico de actividade cibernética patrocinada pelo estado chinês,” afirmou Joyce, citada pela Reuters. “À medida que os investimentos chineses continuam a ser alvo de escrutínio, isso será cada vez mais uma motivação para grupos… ganharem mais inteligência e informação no futuro desses projectos”.

Ambos os países recusam-se a comentar o caso

Tanto o governo da China quanto o governo da Malásia se recusaram a comentar oficialmente o caso. O governo chinês já é habitualmente ligado a estes ataques cibernéticos, e por norma nega categoricamente o seu envolvimento, preferindo destacar-se enquanto “vítima” de ataques de hackers.

Há outros países alvos de ataques

Joyce destacou que a Malásia não será o único país a sofrer ataques de hacking do governo chinês. Segundo a analista, outros países onde existam grandes interesses para a China poderão estar a sofrer ataques deste género, com a analista a destacar o caso da Bielorrússia, que terá sido recentemente alvo de ataques de um grupo chinês; ou o caso de Camboja, em que as eleições democráticas foram alvo de ataques.

Fonte: Reuters

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