Google trabalha em IA, mas pede ajuda aos funcionários humanos

Os executivos da Google recorreram a ajuda humana por parte dos funcionários para melhorarem a ferramenta de pesquisa de inteligência artificial da empresa, o Bard, que está a registar imprecisões na forma como responde às consultas dos utilizadores-teste.

Prabhakar Raghavan, vice-presidente de pesquisa do Google, enviou um e-mail aos funcionários a solicitar ajuda para garantir que o concorrente da empresa do ChatGPT está a dar respostas corretas. O e-mail incluía um link para uma página com uma espécie de FAQs e indicações sobre o que fazer e não fazer para corrigir as respostas e testar o Bard internamente. Os funcionários são incentivados a reescrever as respostas sobre tópicos nos quais são bastante entendidos.

“O Bard aprende melhor pelo exemplo, por isso, reservar algum tempo para reescrever uma resposta cuidadosamente vai ajudar-nos a melhorar o seu modo de atuação”, diz o documento.

Mais concretamente, Sundar Pichai pediu aos funcionários que passassem de duas a quatro horas do seu tempo diário no Bard, reconhecendo que “esta será uma longa jornada para todos, em todos os aspetos. Mas também é uma fase extremamente divertida!”. Este trabalho extra será “pago” não em dinheiro, mas com reconhecimento interno.

A Google revelou a sua tecnologia de conversação assente em IA há poucos dias, mas vários erros que surgiram entretanto, fazendo com que o preço das ações caísse quase 9%. Os funcionários criticaram Pichai pelos contratempos e descreveram este lançamento como “apressado” e “errado”.

Para tentar minimizar os erros da IA, os líderes da empresa estão a socorrer-se do conhecimento dos humanos. Os funcionários são instruídos a manter as respostas “educadas, casuais e acessíveis num tom neutro e sem opinião”. Na lista do que não se deve fazer, os funcionários são instruídos a não estereotipar e “evitar fazer presunções com base em raça, nacionalidade, sexo, idade, religião, orientação sexual, ideologia política, localização ou categorias semelhantes”. Além disso, “não descreva o Bard como uma pessoa com sentimentos, emoções ou que afirme ter experiências semelhantes às humanas”, diz o documento.

O Bard não está autorizado a dar aconselhamento jurídico, médico e financeiro e nem responde a questões de tom odioso e abusivo.

Fonte: Engadget

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