O gigante tecnológico Google, conhecido pela sua inovação e domínio no mundo digital, tem vindo a fazer movimentos estratégicos para garantir a sua posição de liderança. Recentemente, foi revelado que a empresa pagou 360 milhões de dólares a empresas de desenvolvimento de jogos, como a Activision, para garantir que os seus títulos fossem lançados na Google Play Store. Este movimento faz parte de uma campanha maior, conhecida internamente como “Project Hug/Projecto Abraço””.
O Google Play Store é um dos portais de download mais utilizados em todo o mundo, juntamente com a App Store para iPhone. A sua posição privilegiada é inquestionável, mas como é que a Google conseguiu manter-se nessa posição durante tantos anos? A resposta pode estar na campanha “Projecto Abraço”.
De acordo com um relatório da Bloomberg, baseado em documentos internos e fontes judiciais do processo Epic Games vs Google, a Google pagou 360 milhões de dólares à Activision para garantir que os seus jogos fossem lançados na sua plataforma. A Epic Games alega que a Google pressionava as empresas de desenvolvimento de jogos a não criarem os seus próprios portais, enquanto a Google nega estas alegações, afirmando que nunca forçou as empresas a evitarem a criação de portais que pudessem competir com a Play Store. A Activision apoia a versão da Google, declarando que nunca foram forçados a tal.
Esta informação foi revelada pouco depois do início do julgamento da Epic Games contra a Google, que começou a 6 de Novembro e se espera que se prolongue até à segunda semana de Dezembro. A Epic Games acusa a Google de ter um monopólio ilegal na distribuição de videojogos em Android.
A controvérsia começou quando a Google, tal como a App Store, retirou o Fortnite do seu portal. Todos os jogos que contêm compras internas devem pagar uma percentagem de cada uma à Google, algo que a Epic Games não estava disposta a tolerar. Este pagamento tem sido popularmente referido como “imposto Google/Apple”.
Apesar de tudo, o Fortnite pode ser descarregado em Android através do site da Epic Games, uma vez que o Android permite tanto lojas de terceiros como a instalação de aplicações a partir de um navegador, algo impossível no iOS.
Na minha opinião, embora seja compreensível que a Google queira proteger a sua posição de liderança, é crucial que a concorrência justa seja mantida para garantir a inovação e a escolha do consumidor. Afinal, num mercado competitivo, quem ganha é sempre o consumidor.
Fonte: Gizmodo