A gigante tecnológica Google está a dar passos largos para transformar o futuro da criação musical. Pode parecer um plano ambicioso, mas depois de ver e ouvir as provas do que a sua inteligência artificial (IA) é capaz de criar, não há como não ficar convencido.
A empresa acaba de anunciar o Lyria, através do Google DeepMind, o seu modelo de geração de música através de IA mais avançado até à data. Por enquanto, o Lyria será introduzido através de duas principais ferramentas: Dream Track e um laboratório de Ferramentas de IA musical.
O Lyria é o novo modelo da Google para gerar música através de IA. Este modelo vai muito além do que atualmente podemos experimentar no laboratório de experimentos da Google. O MusicLM, apresentado há alguns meses, era um “ChatGPT” musical onde, após introduzir um prompt, a música era gerada.
A primeira amostra do potencial do Lyria chegará através do YouTube Shorts, com a ferramenta Dream Track. Tal como no MusicLM, teremos que introduzir o prompt. A principal diferença é que, neste caso, foram estabelecidas parcerias com artistas como Alec Benjamin, Charlie Puth, Charli XCX, Demi Lovato, John Legend, Sia, T-Pain, Troye Sivan e Papoose. Eles serão os que “cantarão” as músicas com o prompt que introduzirmos.
Além desta ferramenta interessante e poderosa, o mais espetacular chega com o Music AI Tools, uma interface de criação de música simplesmente brutal, de acordo com o que vimos nas amostras do Google. Estas ferramentas são capazes de converter um simples excerto de musica numa melodia de orquestra ou qualquer instrumento que quisermos.
Podemos seguir o processo inverso, transformando os acordes de um teclado MIDI num coro vocal, ou convertendo alguns segundos de beatbox num loop de bateria para um instrumental. Basicamente, criar composições musicais complexas através de qualquer ferramenta que tenhamos à mão, seja vocal ou instrumental.
Por enquanto, as ferramentas não estão ativas no AI Lab nem o Dream Track está disponível em Portugal através do Shorts, mas nas próximas semanas deveríamos começar a vê-las implementadas.
Na minha opinião, esta é uma revolução que pode mudar a forma como vemos e criamos música. A possibilidade de transformar um simples excerto de musica numa melodia de orquestra, ou de ter artistas famosos a “cantar” as músicas que criamos, é algo que nunca antes foi possível. Estou ansioso para ver como estas ferramentas serão implementadas e como irão influenciar a indústria musical.
Fonte: Google
