Google admite: emails trocados no Gmail não são confidênciais

gmailO grupo de defesa do consumidor Consumer Watchdog teve acesso a um documento judicial, emitido pela Google na sequência de uma queixa coletiva acerca da privacidade do Gmail, no qual a própria empresa confessa que os utilizadores do Gmail não têm “expectativas razoáveis” de que as suas mensagens sejam confidenciais e que “devem necessariamente esperar que seus emails sejam sujeitos a processamento automático”.

Na prática, a Google defende-se dizendo que os seus utilizadores sabem que o conteúdo dos seus emails é acedido pela empresa, e que esta prática ajusta-se à lei em vigor sobre escutas, que isenta as empresas de responsabilidades, caso os utilizadores aceitem que as suas mensagens sejam intercetadas, de acordo com os termos do Gmail apresentados a quem pela primeira vez abre uma conta.

“Assim como o remetente de uma carta para um colega de trabalho não pode ficar supreendido se o assistente do destinatário abrir a carta, as pessoas que usam e-mail baseado na web, hoje, não podem ser surpreendidos se os seus e-mails forem processados pelo [fornecedor do] destinatário no curso da entrega”, acrescenta a Google.

Para o grupo Consumer Watchdog, a revelação trata-se de “uma admissão chocante”. A Google “admitiu finalmente que não respeita a privacidade”, referiu um dirigente da organização que apelou a todos aqueles que pretendam manter as suas comunicações em privado para a não utilizarem o Gmail.

No processo aberto em maio por um conjunto de internautas a Google é acusada de “abrir, ler e adquirir ilegalmente o conteúdo de mensagens privadas dos usuários” para direcionar propaganda. Algo de que a própria Microsoft já tem vindo a acusar a Google em campanhas recentes.

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