Quando falamos de clássicos dos videojogos, há nomes que ressoam com uma força quase mítica, e “Final Fantasy VII” é, sem dúvida, um desses titãs. A sua reinvenção, iniciada com “Final Fantasy VII Remake”, deixou os fãs em êxtase e, ao mesmo tempo, repletos de dúvidas. Seria possível manter o encanto e a profundidade numa segunda parte? “Final Fantasy VII Rebirth” chega para responder a essa pergunta, e fá-lo com uma convicção que quase podemos tocar.
Disponível para PlayStation 5, “Rebirth” é a continuação direta do “Remake”, seguindo os passos da organização rebelde Avalancha em sua luta contra a corporação Shinra. O jogo retoma a narrativa com uma fidelidade que respeita o material original, mas não se coíbe de expandir e explorar novos horizontes. A busca por Sephiroth, o antagonista de poderes quase divinos, é o fio condutor que nos leva a explorar um mundo vasto e repleto de vida.
O jogo começa com um flashback esclarecedor, que não só nos situa na história mas também nos prepara para a aventura que se avizinha. A exploração é um dos pilares de “Rebirth”, com localizações icónicas como Kalm, Junon e Costa del Sol a ganharem nova vida. O detalhe e a fidelidade com que estas localizações foram recriadas são impressionantes, oferecendo uma experiência rica e imersiva.
As zonas de mundo aberto são uma novidade bem-vinda, trazendo elementos típicos de jogos do género, como torres de controle e caça a monstros. A adição da mecânica de síntese permite aos jogadores criar objetos a partir de materiais coletados, o que adiciona uma camada extra de profundidade ao jogo.
O sistema de combate mantém-se fiel ao “Remake”, mas introduz as habilidades sincronizadas, que requerem coordenação entre os membros do grupo. Estas habilidades são não só espetaculares visualmente, mas também essenciais para superar certos desafios.
Os minijogos são uma parte integral de “Rebirth”, variados e bem integrados na narrativa. A banda sonora de “Rebirth” é um triunfo. Complementa a ação de forma sublime, elevando os momentos marcantes a novos patamares de emoção. A qualidade gráfica é igualmente impressionante, com personagens e cenários que, em momentos, fazem-nos esquecer que estamos diante de um jogo e não de um filme de animação.
Na minha opinião, “Final Fantasy VII Rebirth” é uma experiência indispensável para qualquer fã da série e para quem aprecia jogos de RPG. A Square Enix conseguiu não só manter o nível de qualidade, mas elevá-lo, criando uma obra que certamente será lembrada como um marco na história dos videojogos.