Em Novembro do ano passado, os media Australianos davam conta que o Facebook se encontrava a experimentar um novo sistema para combater o “revenge porn” nas suas plataformas.
Num programa piloto criado em cooperação com o governo australiano, foi aplicada uma ideia extremamente controversa para impedir a propagação do “revenge porn”: o utilizador fazer upload de uma fotografia intima para o Facebook. Este programa agora vai ser expandido para mais países. Confuso? Nós explicamos.
O que é “revenge porn”, ou “porn de vingança”?
Em termos genéricos, é um termo utilizado para descrever a uma situação igual ou parecida à seguinte: um casal filma um vídeo íntimo. Ambos ficam com uma cópia do vídeo. Eventualmente, uma das pessoas termina a relação, e a outra coloca o vídeo na internet como vingança.
Mas tanto a pornografia como fotografias de nus já são proibidas no Facebook…
O Facebook afirma que a sua política contra “pornografia de vingança” é ainda mais estrita do que a sua política para a pornografia e nudez em geral, e que mesmo fotografias ou vídeos que envolvam “quase nudez” serão eliminados caso se prove que pertencem a este tipo de acção.
Como é que o Facebook quer retirar conteúdo deste género das suas plataformas?
O processo proposto pelo Facebook está a gerar polémica desde a sua introdução, com diversas associações de direitos digitais a mostrarem-se a favor ou contra. A ideia geral é a seguinte: se um utilizador desconfia que poderá vir a ser vítima, ou caso já esteja a ser, de “pornografia de vingança” nas plataformas do Facebook, existirá a possibilidade de eliminar todo o conteúdo que já está na plataforma e impedir que o mesmo venha a ser novamente colocado online. Como? Fazendo upload através de um link seguro para o efeito de uma fotografia intima (caso seja um vídeo a circular, imagens do vídeo). Essa imagem enviada será analisada por um humano (e este ponto tem sido particularmente polémico) que irá determinar se é de facto uma situação de revenge porn.
Caso seja, os mecanismos de inteligência artificial da plataforma de Zuckerberg impedirão a circulação desse tipo de conteudo.
Agora, o programa será expandido para o Reino Unido, Canadá e Estados Unidos da América.