O Facebook disse na quarta-feira que baniu as páginas associadas ao Britain First, grupo ligado à extrema-direita. A rede social afirma que este grupo quebrou sistematicamente as regras da plataforma ao incitar ao ódio contra minorias. Para além da página oficial do grupo, fora também eliminadas as páginas seus lideres, Paul Golding e Jayda Fransen.
Este grupo ganhou atenção internacional quando o presidente dos Estados Unidos Donald Trump “retweetou” algumas das suas publicações anti-islâmicas.
O Facebook e as outras redes sociais tem sofrido cada vez mais pressão dos estados para efectuar um maior policiamento do conteúdo que circula nas suas plataformas. Há opiniões diversas em relação a esta pressão para um maior controlo. Por um lado, há quem considere positivo argumentando que é inadmissível que conteúdo extremista e de incitação ao ódio e violência circule nestas plataformas onde cada vez mais os cidadãos recebem as suas noticias. Por outro lado, há quem considere que este tipo de pressão possa limitar a liberdade de expressão dos utilizadores das redes.
A primeira-ministra britânica Theresa May aprovou a decisão do Facebook, referindo que espera que outras plataformas sigam o exemplo.
O Facebook revelou estar consciente do peso de uma decisão deste género, mas defendeu-se numa publicação no seu blog oficial. “Nós não fizemos isto de animo leve, mas este grupo repetidamente colocou conteúdo designado a incitar a animosidade e ódio contra grupos minoritários, o que desqualifica estas páginas do nosso serviço”.
