Facebook alarga a política de privacidade europeia ao mundo inteiro

 

As primeiras reacções públicas de Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook, à nova lei de protecção de dados da UE (GDPR) não foram as mais positivas. Mark Zuckerberg chegou a afirmar apenas concordar com a legislação “em espírito”.

Porém, a posição do Facebook parece ter mudado devido à pressão da comunidade internacional. Nessa sequência, o Facebook irá alargar as suas alterações da política de privacidade na Europa para todo o mundo.

aplicação Facebook

“As pessoas disseram-nos que querem explicações mais claras do que fazemos com a informação que recolhemos e como a usamos,” escreveu o chefe de privacidade Erin Egan. Egan explicou que ao longo das próximas semanas a notificação que foi apresentada aos europeus, será apresentada a todos os utilizadores do mundo.

Mais especificamente, o utilizador será informado de como a sua data está a ser utilizada para encaminhar publicidade personalizada e o que o Facebook faz com a sua tecnologia de reconhecimento facial. A rede social promete mais actualizações à sua política de privacidade e novas práticas ao longo dos próximos meses.

A presença de Zuckerberg no parlamento europeu envolveu alguma polémica

No dia 23 de Maio o CEO do Facebook apareceu em pessoa no parlamento europeu para responder a questões relacionadas com privacidade, utilização de dados e práticas comerciais. Alguns deputados europeus levantaram questões que deixaram Zuckerberg visivelmente incomodado (e às quais o CEO não respondeu). Entre elas, destacaram-se a questão repetida pelo deputado alemão Manfred Weber e pelo deputado belga Guy Verhofstadt em relação à possibilidade da União Europeia “quebrar” o monopólio do Facebook, forçando legalmente a plataforma a separar-se do Instagram ou do WhatsApp

Já decorrem processos bilionários com a introdução da GDPR

Logo no primeiro dia de aplicação da nova legislação Europeia de protecção de dados, a General Data Protection Regulation (GDPR), o Facebook e a Google foram visados com processos em tribunal bilionários.

Os processos acusam o Facebook e a Google de coerção aos utilizadores para partilhar informação pessoal. Os números envolvidos são gigantes: ao todo, o está a ser pedido ao Facebook 3.9 biliões de euros e ao Google 3.7 biliões de euros. Os processos foram colocados em tribunal pelo activista digital austríaco Max Schrems, que tem sido um crítico sonante da forma como estas duas empresas gerem os dados pessoais dos seus utilizadores.

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