Fabricantes chinesas apoderam-se do mercado de smartphones na Rússia

As empresas chinesas de smartphones estão a crescer no mercado russo, depois do espaço vazio deixado pela Apple e Samsung em protesto pela invasão na Ucrânia, que ditou embargos e a saída de várias empresas do território russo.

No primeiro semestre do ano, registou-se um grande crescimento no número de vendas de fabricantes chinesas, como a Realme, a Vivo, a Xiaomi, a Tecno, a Infinix, iTel e Nokia (HDM Global) que obtiveram o melhor desempenho de vendas. Algumas das empresas registaram um crescimento acima dos 100% em comparação com o ano anterior.

Estão também a surgir no mercado russo marcas novas como Shaub Lorenz, Korting, Kimtigo, Akimojeba, sendo a maioria chinesas, turcas ou mesmo russas.

A título de exemplo note-se que se 498 mil smartphones Realme foram vendidos na primeira metade de 2021, no mesmo período de 2022 as vendas foram de 1,1 milhões de unidades. Ainda assim, neste período foram vendidos apenas cerca de 10 milhões de smartphones na Rússia, o que corresponde a uma quebra de 23% em relação ao ano passado.

Os especialistas acreditam que, em breve, o mercado russo de smartphones seja composto por cerca de 90% de marcas chinesas, número que duplicou no primeiro trimestre, quando comparado com o ano anterior.

A publicação noticia também a escassez de componentes e de reposição de peças no mercado. Os serviços de reparação na Rússia têm de usar gadgets e aceitar doações para conseguirem reparar os equipamentos. O governo russo terá mesmo assinado uma lei que permite importar mercadorias sem o consentimento do respetivo detentor dos direitos autorais dos produtos.

Na lista das mercadorias abrangidas estão smartphones, equipamentos eletrónicos e eletrodomésticos, por exemplo. No entanto, estas importações não serão suficientes para colmatar a falta de oferta de equipamentos eletrónicos na Rússia, dando, assim, a oportunidade às marcas chinesas ainda pouco conhecidas.

Fonte: Asia Financial

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