Parece que a Google está mesmo a trabalhar em óculos de realidade aumentada e os testes públicos já começaram. As comparações com o Exterminador são inevitáveis.
Receber informação em tempo real diante dos nossos olhos sobre pessoas, lugares ou condições meteorológicas era coisa da ficção científica à vinte anos atrás. Mas para a empresa de Mountain View este parece ser o momento indicado para trazer até junto do público uma das ferramentas tecnológicas mais aguardadas dos últimos anos. Project Glass foi o nome dado pela Google ao dispositivo de realidade aumentada e que começou a ser testado nos Estados Unidos da América. O resultado é uma espécie de tiara bem discreta e minimalista que tem a capacidade de transformar qualquer um num robô do futuro.
O melhor exemplo da tecnologia de realidade aumentada com projecção na visão é feita no filme do Exterminador Implacável 2, quando Arnold Schwarzenegger aparece numa bola de fogo no papel de um robô que tem que salvar John Connor. Uma das características presentes neste humanóide futurista era a capacidade de analisar dados em tempo real conforme ia olhando para os objectos e para as pessoas. Claro que para isto se aplicar no «nosso» mundo, era preciso uma empresa ter uma enorme base de dados de milhões de pessoas e isso.. é exactamente o que a Google tem, certo?
E para ver como esta tecnologia é mesmo um sonho do homem, basta lembrar que o Iron Man também tem um sistema semelhante e de que os já velhinhos Guerreiros do Espaço traziam uns óculos semelhantes para medirem as forças vitais do terráqueos. Para a Google, é assim que será o futuro:
O vídeo mostra que estes óculos especiais têm a capacidade de fazer vídeo chamadas (ligações 3 e 4G), de tocar música e de responder a comandos por voz – não estavas à espera desta pois não Siri? Além destas «trivialidades», notificações sociais, serviço de mapas e de agendamento são outras características de uma nova maneira de interagir com o mundo. Parece que os laboratórios secretos do Google não só são verdadeiros como estão em pleno funcionamento.
A novidade do Project Glass chegou por uma partilha no Google+ assinada por três investigadores: Babak Parviz, investigador na área dos óculos e lentes de contacto inteligentes, Steve Lee, membro importante na equipa do Google Latitude, e Sebastian Thrun, um dos mentores do carro da Google que se conduz sozinho. “Nós achamos que a tecnologia devia trabalhar para si – estar lá quando for precisa e desaparecer quando não for”, refere a Google no seu post no G+.
O vídeo apenas mostra é a experiência do lado do utilizador – e não mostra como é que uma lente tão pequena consegue reproduzir conteúdos tão extensos. Projecção directa nos olhos? Ou nos primeiros modelos a realidade aumentada fica confinada a meia dúzia de centímetros? O protótipo apresentado não se encaixa no perfil tradicional de óculos e pode estar mais próximo de uma evolução da plataforma Android. Segundo a imprensa especializada o produto pode começar a ser vendido até ao final do ano e o preço será semelhante ao de um smartphone topo de gama, ou seja, de 450 euros para cima.
Agora, se a Google vem dizer que tem um sistema computacional chamado Skynet, aí sim, parem tudo e escondam as crianças.