Ex-funcionário do Twitter condenado por espionagem

O ex-funcionário do Twitter Ahmad Abouammo foi considerado culpado de espionagem para o governo da Arábia Saudita, de acordo com um relatório da Bloomberg. O júri proferiu o seu julgamento num tribunal federal de São Francisco nesta passada terça-feira, onde Abouammo também foi condenado por cometer fraude eletrónica, lavagem de dinheiro e falsificação de registos.

Abouammo trabalhou anteriormente no Twitter como gerente de parcerias de mídia e ajudou várias figuras proeminentes no Oriente Médio e Norte da África a promover as suas contas. No entanto, ele aproveitou a sua posição para aceder aos endereços de e-mail, números de telefone e datas de nascimento dos utilizadores que criticavam o governo saudita. Abouammo então transmitiu toda essa informação às autoridades sauditas entre novembro de 2014 e maio de 2015 e recebeu vários presentes em troca.

No ano de 2019, o Departamento de Justiça acusou o Abouammo e um outro ex-funcionário do Twitter, Ali Alzabarah, de espionagem. A agência posteriormente expandiu essas mesmas acusações em 2020 para incluir um terceiro indivíduo, Ahmed Almutairi, que supostamente coordenou todo este esquema. Tanto Almutairi quanto Alzabarah continuam a ser procurados pelo governo dos EUA. No ano passado, o ativista de direitos humanos Ali Al-Ahmed processou o Twitter, alegando que a plataforma poderia ter feito mais para proteger todas as suas informações.

De acordo com a Bloomberg, os promotores acusaram o Abouammo de trabalhar com um assessor de Mohammed bin Salman, que agora atua como príncipe herdeiro da Arábia Saudita, para reprimir dissidentes. Abouammo teria argumentado que estava apenas a fazer o seu trabalho e culpa o Twitter por não ter protegido os dados dos seus utilizadores. Em certa parte existe alguma culpa por parte do twitter pela forma como deixou dados tão importantes assim tão expostos.

Abouammo pode apanhar de 10 a 20 anos de prisão quando for sentenciado a sua sentença. O Twitter apesar de vários pedidos dos Midia recusou-se a comentar este caso.

Fonte: Bloomberg

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