EUA acusam Apple de evasão fiscal; Tim Cook nega

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O Senado norte-americano acusou, esta terça-feira, 21, a Apple de fugir à cobrança de milhões de euros de impostos, graças a benefícios fiscais dos quais terá usufruído indevidamente nos últimos quatro anos.

As acusações surgem na sequência de uma investigação à empresa de Tim Cook e referem que a multinacional se terá servido das suas filiais na Irlanda para, e seguindo a legislação daquele país, contornar o pagamento de impostos.

O grupo criou uma entidade virtual para administrar suas atividades no estrangeiro denominada Apple Operations International, sem sede fiscal, evitando assim declarar milhões de euros nos últimos cinco anos. Uma das subsidiárias na Irlanda, por exemplo,  não registou mesmo qualquer pagamento de impostos entre 2009 e 2012, apesar de ter obtido receitas de mais de de 23 mil milhões de euros.

A Apple não apenas transferiu seus lucros para um paraíso fiscal estrangeiro, mas criou um “Santo Graal” de evasão fiscal ao criar entidades no exterior para fugir ao fisco”, disse o senador democrata Carl Levin.

Ouvido em audiência no Senado, o CEO da Apple, Tim Cook, negou a fuga aos impostos. “Nós pagamos todos os impostos que devemos nos Estados Unidos. Não dependemos de nenhum artifício fiscal”, afirmou Cook.

A Apple emitiu entretanto um comunicado a defender-se das acusações, sublinhando que “não usa truques tributários” e que as unidades da Irlanda “desempenham um papel importante na atividade internacional da empresa”.

A tecnológica escreve ainda que é “provavelmente o maior contribuinte empresarial” dos EUA, explicando que só no ano passado pagou seis mil milhões de dólares (4700 milhões de euros) em impostos no país.

A Apple não é a primeira grande empresa de tecnologia sob suspeita do Senado norte-americano. Antes dela também Microsoft e Hewlett-Packard foram investigadas. O motivo é o mesmo: problemas com o fisco.

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