No mundo em constante evolução da tecnologia, a inteligência artificial (IA) tem sido um tópico quente, prometendo revolucionar a forma como vivemos, trabalhamos e nos comunicamos.
Entre as ferramentas de IA mais discutidas está o ChatGPT, juntamente com outras como o Google Gemini e o Microsoft Copilot. No entanto, um estudo internacional recente realizado pelo Reuters Institute e pela Universidade de Oxford revela uma realidade bastante diferente da percepção pública e do entusiasmo da mídia em torno dessas tecnologias.
Este estudo, que envolveu mais de 12.000 pessoas de seis países diferentes, descobriu que a maioria das pessoas não está a usar ferramentas de IA generativa regularmente. De fato, mesmo entre aqueles que experimentaram essas ferramentas, muitos disseram tê-las usado apenas “uma ou duas vezes”. Nos EUA, apenas 7% dos entrevistados afirmaram usar o ChatGPT diariamente, enquanto no Reino Unido, esse número cai para meros 2%.
Surpreendentemente, uma proporção significativa dos entrevistados em todos os países pesquisados não tinha sequer ouvido falar do ChatGPT, com 47% nos EUA e 42% no Reino Unido. Isso indica uma lacuna substancial entre o hype em torno da IA e o conhecimento ou interesse do público geral. Apesar dessa falta de familiaridade, o ChatGPT emergiu como a ferramenta de IA mais reconhecida entre as mencionadas, seguida por outras como o Google Gemini e o Microsoft Copilot.
O estudo também forneceu insights sobre como as pessoas estão a usar essas ferramentas de IA, dividindo as utilizações em duas categorias principais: “criação de mídia” e “obtenção de informações”. Curiosamente, a utilização mais comum foi simplesmente “brincar ou experimentar”, seguido por “escrever um e-mail ou carta” e “criar uma imagem”. Isso sugere que, embora haja curiosidade em relação às capacidades da IA, muitos ainda estão na fase de experimentação, sem integrar plenamente essas ferramentas em suas rotinas diárias.
Apesar do uso limitado atualmente, os participantes do estudo demonstraram otimismo quanto ao impacto futuro da IA generativa, especialmente entre os mais jovens. Cerca de 60% dos entrevistados de 18 a 24 anos acreditam que a IA terá um grande impacto na vida cotidiana nos próximos cinco anos, uma visão que diminui com a idade, caindo para 41% entre aqueles com 55 anos ou mais.
No entanto, o estudo também aponta para uma realidade inegável: a IA está sendo cada vez mais incorporada em produtos de consumo, desde resumos de IA no Google Search até a integração do Copilot da Microsoft em aplicativos de mensagens e os rumores de recursos de IA no iOS 18 para iPhones. Isso sugere que, embora o uso regular de ferramentas de IA generativa possa ser baixo no momento, a tecnologia está se tornando uma parte integrante de nossas vidas digitais, quer percebamos ou não.
Pessoalmente, acredito que estamos apenas arranhando a superfície do potencial da IA, e o verdadeiro desafio será garantir que seu desenvolvimento e implementação sejam feitos de maneira responsável e inclusiva.
Fonte: techradar