Estão as redes sociais a censurar “milhões de pessoas”? Trump pensa que sim

O presidente dos Estados Unidos da América lançou palavras duras, mas algo ambiguas, contra as “redes socias”. Segundo presidente Trump, estas plataformas “silenciaram milhões de pessoas” num “acto de censura”. O presidente americano não especificou que redes sociais estão a violar a liberdade de expressão, e em que situações.

Nas últimas semanas, muito conteúdo tem sido removido das redes sociais. O Facebook, o Twitter e a Googler removeram recentemente centenas de contas alegadamente ligadas a uma operação de propaganda iraniana. O Facebook eliminou uma campanha alegadamente ligada à Rússia, e o teórico da conspiração Alex Jones foi eliminado de todas as principais plataformas (com excepção do Twitter).

O que disse o presidente americano?

“Os gigantes das redes sociais estão a silenciar milhões de pessoas. Não se pode fazer isto mesmo que signifique que temos que continuar a ouvir Fake News como a CNN, cujas audiências sofreram gravemente. As pessoas tem que entender o que é real, o que não é, sem censura!”, referiu Trump num tweet.

Estas palavras surjam em contra-corrente às acções do Congresso, que tem apertado o cerco às redes sociais para evitar interferências de governos externos nas eleições do país. Trump tem vindo a considerar que remover conteúdo destas plataformas é “muito perigoso” e que pode significar o silêncio de vozes em redes sociais grandes como Twitter e Facebook.

A remoção de conteúdo é, neste momento, inevitável

Existe um pormenor que por norma fica de fora desta conversa global sobre a censura nas redes sociais: à partida, existe um grande consenso que imensas formas de discurso e imagens devem ser banidas à priori. Propaganda jihadistas já é banida por definição pelas empresas, assim como conteudo pornográfico. Assim sendo, o silenciamento de certas vozes e conteúdos é um ponto assente nesta conversa. Porém, a grande questão é: até que ponto “discursos de ódio” devem ser eliminados das principais plataformas da internet? Conteúdo explicitamente racista ou homofóbico deve ser permitido, ou não? E campanhas de interferência de governos nas eleições de outros países?

Em relação a esta última questão, o presidente Trump coloca-se claramente do lado daqueles que consideram que este tipo de conteúdo deve ser permitido e difundido.

A sombra das eleições de 2016

Esta discussão continua a ser assombrada pela interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016. Todas as agências de inteligência americanas são unânimes em considerar que a Rússia interferiu directamente nas eleições americanas, e ainda está em curso uma investigação sobre o alegado conluio entre a campanha de Trump com o governo Russo.

Ainda não existe reacção das plataformas sociais

As principais plataformas sociais, até este momento, ainda não reagiram a estas pesadas acusações de Trump.

Fonte: Reuters

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