eSports como aliado da educação

O Brasil conta com a terceira maior audiência de eSports do mundo, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Com isso, os esportes eletrônicos, que podem se tornar modalidade Olímpica em 2024, chamam cada vez mais atenção e passam a adentrar também no âmbito educacional. O resultado disso é o surgimento de novas “Edtechs” – startups que estabelecem um elo entre educação e tecnologia.

Um exemplo desses novos empreendimentos é a PlayMatch, fundada pelos empreendedores Gabriel Vinicius e Edilson Fernandes e que tem como principal objetivo unir educação, tecnologia e eSports. A empresa faz isso por meio de produtos educacionais que são oferecidos às escolas em formato de licenciamentos. Neles, são abordados temas como as profissões do futuro a partir do universo dos games e eSports, tudo isso de maneira bastante didática e pensada especificamente para o público jovem.

A iniciativa é o primeiro empreendimento no Brasil que busca aproximar o esporte eletrônico e a educação. Mesmo sendo novidade, é um passo natural dado a popularização do eSports no país, que já arrastam verdadeiras multidões para fazer apostas em e-sports em plataformas online e acompanhar as principais competições dessa modalidade esportiva, seja no âmbito nacional ou internacional.

Para Gabriel, que está no ramo das Edtechs, o surgimento da empresas na área é resultado de uma tendência de valorização aos esportes eletrônicos que só tende a crescer no futuro.

“Já vivemos em um mundo cada vez mais digital e os esportes eletrônicos serão parte das grandes modalidades esportivas do futuro, tendência que já vem sendo observada há algum tempo. […] Nosso propósito é que no futuro toda escola tenha seu time de eSports, como já acontece nos esportes tradicionais”, explicou o empresário.

Competições escolares

Dentre os eventos que buscam aproximar educação e esportes eletrônicos, um dos que chamam mais atenção é Liga Escolar Brasileira de League of Legends, um campeonato do jogo eletrônico multiplayer mais famoso do mundo. Milhares de escolas de todo o país participam da competição, atrelada ao desempenho escolar dos participantes.

O desenvolvimento das habilidades de pensamento lógico e estratégico, socialização, resiliência, perseverança e vontade de crescer são alguns dos benefícios que podem ser obtidos através do jogo, de acordo com os responsáveis pela competição. Além disso, os jogos são utilizados para estimular que os estudantes mantenham boas notas na escola e já são vistos como uma opção profissional, já que muitos jogadores profissionais recebem verdadeiras fortunas com os videogames.

eSports já fazem parte do currículo escolar nos Estados Unidos

A inserção de esportes eletrônicos no âmbito educacional ainda é novidade aqui no Brasil, mas nos Estados Unidos instituições de oito estados já permitem e presença de eSports em práticas escolares. Os alunos do high school, o equivalente ao ensino médio brasileiro, já possuem até mesmo competições de jogos eletrônicos como parte integrante da grade da própria escola.

Um dos jogos mais utilizados entre as escolas é o Smite, que utiliza personagens fictícios em uma MOBA entre seus e heróis. Em geral, os jogos de tiros não são permitidos.

Essa movimentação também é responsável por criar um contexto mais favorável aos eSports, incentivando a profissionalização dos estudantes na área. Algumas universidades do país, como a New York University e a University of California, já oferecem bolsas de estudos para candidatos de se destacam nos videogames como pro player, ou seja, jogadores profissionais. Esse sistema já é como nos Estados Unidos para outras modalidades esportivas, como o futebol americano e o basquete.

Outro grande acontecimento para os esportes eletrônicos recente nos Estados Unidos, foi a criação de ligas oficiais para eSports pela NBA.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui