Ensaio do Volvo XC40 T4 Recharge Híbrido Plug-in: Review

O novo Volvo XC40 Recharge foi a grande aposta da Volvo no segmento C que oferece motorizações híbridas e elétricas — avançando como a primeira construtora de produção em massa, sedeada na Europa, a oferecer opções híbridas ou elétricas não dispondo de veículos com motorização, exclusivamente, a combustão.

Volvo Cars, propriedade do Grupo Geely, é a divisão por detrás do desenvolvimento dos automóveis da marca. Fundada em 1927, a empresa sueca foi pioneira no desenvolvimento de sistemas de segurança — sendo reconhecida como a marca automóvel mais segura — em especial, com a introdução do cinto de segurança.

Depois da aquisição, a Geely permitiu que a marca sueca se reestruturasse e recuperasse terreno, tendo-se tornado uma marca de referência no segmento dos SUV. O desenvolvimento continua a ser feito em Gotemburgo, na Suécia, mas conta também com um vasto conhecimento compartilhado com marcas do grupo como a Lotus, a Polestar, a LEVC e a Lynk & Co.

Desempenho do XC40 Recharge Híbrido

Este XC40 Recharge faz-se acompanhar de um conjunto propulsor (combinado) de 262 cv de potência e torque de 425 Nm. Para isso, conta com um motor térmico de 1.5l de 180 cv e 265 Nm de binário e com um motor elétrico de 82 cv e 405 Nm de binário o que permite em modo híbrido e recorrendo a uma transmissão de sete velocidades de dupla-embraiagem permitem 8,5s dos 0 aos 100 km/h.

Esta aceleração fica limitada apenas pelo motor térmico que faz com que 1,2s do que em modo exclusivamente elétrico (7,3s). Quando vistos os dados, isso é irrelevante, afinal quem adquire um Volvo não procura velocidades extremas nem arranques desportivos, mas o suficiente para garantir a segurança numa ultrapassagem ou num arranque mais efusivo num cruzamento, ou autoestrada, por exemplo.

Segundo a Volvo, o novo XC40 Recharge encontra-se limitado eletronicamente a 180 km/h, algo que a marca já tinha anunciado para os novos modelos por uma questão de segurança. A marca defende que apesar da segurança dos veículos ter aumentado isso não signifique que a maioria das estradas permita viajar com segurança a mais de 180 km/h (indecentemente dos limites de velocidade). Além disso, os modelos elétricos e também híbridos sofrem uma degradação maior da bateria em esforços superiores a estas velocidades.

Em modo 100% elétrico, o XC40 foi capaz de assegurar uma autonomia em torno dos 40 km, sensivelmente, dependendo do peso do pé no acelerador. Em cidade, com a travagem regenerativa e o cumprimento dos limites de velocidade permitiram aumentar em mais alguns quilómetros a autonomia, mas não mais que 8 a 10 km. Devido a esta margem de autonomia elétrica, a Volvo consegue garantir em modo híbrido um consumo mais modesto do que o normal entre os 2.0l e os 3.0l, no entanto, como habitual, se terminar a energia elétrica, podemos facilmente chegar aos 8 ou 9 litros, dependendo do regime em que circule.

Segurança

Em matéria de segurança, por incrível que pareça, não existe muito a acrescentar. Se conduz um Volvo, saiba que a segurança é garantida. Grande parte dos veículos da concorrência são bastante seguros, no entanto, a Volvo eleva esse patamar ao ponto de garantir que o carro consegue garantir o controlo das situações mais difíceis. Destacamos o “Modo de Segurança” que protege e imobiliza o veículo em caso de existir alguma funcionalidade vital do veículo em estado crítico.

Constantemente atento, o veículo inclui sistemas de travagem de emergência para deteção de peões, sistema de distribuição de intensidade de travagem, deteção e travagem automática na deteção de ciclistas. Além disso, para garantir a segurança dos ocupantes, os bancos possuem a tecnologia WHIPS que absorve grande parte do choque para a carroceria do veículo. Para as crianças, a Volvo apostou no desenvolvimento de um sistema de “cadeirinha” voltada contra o banco traseiro para, em caso de choque, proteger a vida criança.

Em situações de maior stress para o veículo numa condução mais agressiva, notamos algum rigor e preocupação na colocação da potência no chão sem comprometer a segurança. É um veículo bastante curioso e característico. Julgo que a Volvo quis trazer o prazer de condução numa altura em que as estradas têm cada vez mais condutores, trazendo também mais riscos de acidentes.

Estes sistemas introduzidos pelas Volvo Cars têm contribuído para uma clara diminuição do número de acidentes. Aliás, em alguns países, os Volvos são considerados tão seguros que deixou de ser obrigatório o uso de seguro, pois os acidentes são raros. E quando há acidente, normalmente, a Volvo toma conta da situação. Por fim, a ideia com que ficamos é que o novo XC40 Recharge é esta sensação de conforto em matéria de segurança — essencialmente para uma condução em cidade — onde a câmara 360º faz toda a diferença.

Design e dimensões do veículo

O Volvo XC40 T4 Recharge exibe um comprimento de 4,43 metros, largura na ordem dos 1,86 metros e 1,65 metros de altura. A distância do veículo ao solo fica-se nos 20,5 cm, o que pode ser considerado normal para este segmento de veículo. Este híbrido plug-in conta com um depósito de combustível 48 litros e com uma capacidade da bagageira que começa nos 460 litros até aos 1336 litros (rebatendo os bancos traseiros).

Durante os últimos anos, a Volvo não tem modificado muito o aspeto exterior dos seus modelos — talvez algumas linhas um pouco mais soft — mas sem grandes alterações, o que não é de todo mau, afinal a receita vencedora não se mexe. A traseira é o ponto mais característico de um Volvo, e nesse aspeto, o XC40 reconhece-se a léguas, quer-se, quilómetros…, mas não apenas pela traseira, pois a dianteira do automóvel também nos presenteia com a característica grelha frontal com uma assinatura luminosa bastante presente.

Já no interior, a receita mantém a sua simplicidade e aspeto acolhedor que reforçam o objeto de qualidade, segurança e aspeto que marcam a Volvo ao longo dos anos. Se no exterior, existem diversos detalhes entre cromados e peças que contrastam entre si, atribuindo-lhe um carácter de luxo. Internamente, a qualidade e textura dos materias associado ao minimalismo do habitáculo tornam a viagem bastante mais interessante podendo usufruir do descanso sem muitas distrações no interior.

Conforto de condução

O XC40 Híbrido Plug-in conta, na dianteira, com suspensão McPherson Strut e Multi-Link na traseira como vem sendo hábito na concorrência e, neste modelo em particular. Aqui, a distância ao solo faz toda a diferença, pois com mais de vinte centímetros e meio, o amortecimento de impactos e imperfeições da estrada tornam este modelo bastante competente em todo o tipo de viagem.

Mencionámos que o design tem alguma importância no conforto ao permitir que os ocupantes tenham sensações diferentes enquanto conduzem a que hora conduzam, isto aliado a um modelo mais alto, robusto e com controlo eletrónico da suspensão aumentam esse conforto. Além disso, a Volvo optou por trabalhar em conjunto com a Google para melhorar o seu sistema de infoentretenimento, passando a incluir tecnologia da gigante norte-americana, apesar disso, continua a contar com Android Auto e Apple Car Play.

Os extras melhoram a experiência de condução, mas o seu preço não é nada convidativo e leva-nos a pensar se vale mesmo a pena incluir certos extras no veículo para um consumidor final que não tem dedução de IVA e vê o valor do seu veículo aumentar de forma bastante radical, no entanto, o teto panorâmico pode ser considerado um “must-have” se procura mais luminosidade no habitáculo e usufruir da liberdade que dá ter um veículo com este tipo de equipamento.

Veredito

Este novo Volvo XC40 T4 Recharge Inscription começa nos 47.080,00€ ao recorrer ao motor híbrido de 262 cv. Para as empresas, o valor desce para os 38.276,00€ (quando retiramos o valor do IVA). O modelo idêntico cem por cento elétrico ronda os 49 mil euros, depois de impostos.

Não é difícil deslumbrar-nos ao conduzir um Volvo, sobretudo nesta nova era híbrida e elétrica. A primazia pela segurança e pelo conforto fazem deste modelo o veículo ideal para quem usa o carro diariamente ou para grandes viagens. É um modelo luxuoso (mais acessível) mas bastante versátil que não se apresenta como frágil, afinal falamos de 1.5l tricilindrico e de uma motorização elétrica. Os consumos são aceitáveis, mesmo quando o poder elétrico é quase diminuto, o que o favorece em relação a outros modelos que podem facilmente chegar aos 12 ou 14 litros quando fica sem potência elétrica.

Ainda que existam outras opções no mercado dos segmento C, este Volvo pode considerar-se acessível dada a qualidade dos materiais e características premium. É um carro que se pode considerar económico. A potência combinada permite uma grande flexibilidade em vários regimes, em ultrapassagens, mas sempre tendo em atenção a limitação da velocidade máxima para maior segurança.

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