Elon Musk quer penetrar no cérebro humano

Esta semana, a Neuralink, empresa na qual o multimilionário da tecnologia investiu 89 milhões de euros, deu os primeiros passos para atingir o objetivo de introduzir um implante num cérebro humano.

A empresa de Musk pretende focar-se em pacientes com doenças neurológicas severas, apesar de o magnata da tecnologia acreditar que, futuramente, esta tecnologia não será usada apenas para fins médicos.

A empresa pediu autorização à reguladora norte-americana (a Food and Drug Administration) para começar a testar os dispositivos em humanos e deverá começar a fazê-lo no próximo ano. O sistema já foi colocado e testado num primata, que conseguiu operar um computador através do cérebro. No entanto, cientistas independentes alertam que os resultados obtidos em animais poderão ser diferentes em humanos e que seriam necessários muitos testes em pessoas até se chegarem a algumas conclusões.

O implante desenvolvido pela Neuralink consiste numa pequena sonda com mais de três mil elétrodos ligados a pequenos fios – mais finos do que um cabelo humano – que pode monitorizar a atividade de mil neurónios. A vantagem do sistema, diz a empresa, é que seria capaz de ativar áreas especificas do cérebro, tornando o processo seguro do ponto de vista cirúrgico. Seria também possível analisar registos através de aprendizagem automática, que depois serviria para adequar a estimulação cerebral às diferentes necessidades dos pacientes.

Durante a apresentação do projeto, Musk esclareceu que não controlarão os cérebros das pessoas e anteriormente já tinha deixado claro que a inteligência artificial poderia destruir a raça humana. O milionário garantiu ainda que falta muito tempo até que o serviço possa ser comercializado.

O dono da Tesla explicou que, conectando o cérebro a uma interface externa, criaria um novo modelo de “superinteligência”. Este sistema significaria que o ser humano estaria numa espécie de “simbiose com a inteligência artificial”, não estando totalmente dependente dela. No fundo, seria possível ligar o cérebro humano à Internet e permitir que uma série de processos fossem realizados apenas através da estimulação do cérebro.

O presidente da Neuralink, Max Hodak, partilhou o otimismo de Elon Musk e disse ainda que os cirurgiões a trabalharem no projeto teriam, numa primeira fase, de fazer pequenos furos na cabeça para implantar o aparelho. Mas afirmou que no futuro seria possível introduzir o microcomputador no cérebro com recurso a pequenas incisões realizadas por laser.

Nesta altura, já não é só a empresa de Musk que pretende aventurar-se no desenvolvimento de interfaces cerebrais. A Kernel, uma empresa tecnológica dirigida por Bryan Johnson, tem em curso teste semelhantes que pretendem “melhorar e expandir a cognição humana”.

Fonte: New York Times

1 COMENTÁRIO

  1. Existem muitas maneiras de estudar a consciência humana com maiores vantagens para toda a humanidade, melhorando-nos, eliminando tendências criminosas, excessos de raiva, criando hábitos bons etc., mas optam pela Inteligência Artificial, adaptações do tipo Frankenstein, porque o objetivo primordial é o domínio das outras pessoas países, e a escravização ou eliminação dos povos pobres, pois, como diz hj o professor judeu sr. HARARRI, e o ser humano se tornará irrelevante em face do domínio de todos os campos de trabalho por robôs. Os militares já estão sendo substituídos por drones e sabe-se lá se existe mais. Os ‘heróis estarão sentados em poltronas. Breve um general comandante de todas as forças armadas de uma grande nação será será apenas um ótimo programa de computador…poderá prever todas as opções a serem adotadas e as reações possíveis em segundos e implementar ataque e defesa, criar inimigos fictícios — o que já se faz hoje –. Esse não será mais um mundo humano, mesmo considerando o baixo nível de humanismo que sempre tivemos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui