No início deste mês, a empresa espacial de Bezos, Blue Origin, processou a NASA depois de perder um contrato crítico do governo para colocar os astronautas na Lua para a SpaceX. Todo esse processo levou o próprio trabalho da SpaceX no projeto a atrasar-se. Esta semana, a Amazon pediu à Federal Communications Commission (FCC) para rejeitar os atuais planos recentemente apresentados pela SpaceX para lançar o outro cluster de satélites para alimentar o seu serviço de internet via satélite Starlink.
O fundador e CEO da SpaceX, Elon Musk, usou a respetiva página no Twitter para criticar Jeff Bezos, ex-CEO da Amazon e fundador e CEO da rival Blue Origin, “parece que o Bezos se reformou [da Amazon] para perseguir um trabalho a tempo inteiro, processar a SpaceX”
A reclamação recente da Amazon não parece ser um processo formal, mas sim uma carta de protesto. Tecnicamente, não é que a Amazon não queira que a SpaceX lance mais satélites Starlink, mas sim que a empresa deveria ser mais clara em relação aos seus planos.
O Starlink atualmente é alimentado por cerca de 1.740 satélites de órbita terrestre, que neste momento atendem cerca de 90.000 clientes. A SpaceX está-se a preparar para lançar 30.000 satélites de segunda geração para melhorar o serviço, portanto deve informar à FCC exatamente onde eles serão efetivamente posicionados em redor da Terra.
“A abordagem inovadora da SpaceX em se candidatar a duas configurações mutuamente exclusivas está a ir contra as regras e políticas públicas da Comissão e levamos a Comissão a rejeitar essa alteração”, escreve Mariah Dodson Shuman, consultora jurídica da subsidiária Kuiper Systems da Amazon.
A preferência de Shuman é que a SpaceX escolha um plano efetivo e decida ficar com ele, e que a aprovação de duas configurações abre um péssimo precedente, permitindo que outras futuras operadoras de satélite reduzam as suas apostas enquanto criam mais trabalho para toda a indústria.
Fonte: Theverge
