Disney inicia as primeiras 7.000 demissões

A Disney, uma das empresas de media e entretenimento mais reconhecidas do mundo, tem enfrentado uma série de desafios financeiros nos últimos anos. A empresa foi forçada a reduzir o seu pessoal em resultado da crise económica, da inflação, do aumento dos custos, e da diminuição das receitas publicitárias.

Num esforço para combater estas questões, a empresa implementou cortes orçamentais em várias áreas, tais como salários do pessoal, esforços de marketing, e operações. Além disso, a Disney teve de reduzir as despesas em novos projectos e investimentos, a fim de manter a rentabilidade.

Vimos isso do ponto de vista do conteúdo, quando a Disney formalizou um corte nas produções da Marvel e Star Wars já para o ano corrente, cancelando projetos e reduzindo os existentes, com o claro objetivo de economizar dinheiro. Uma primeira indicação genérica tinha chegado algumas semanas antes, seguida de algumas confirmações específicas, como a de alguns filmes importantes da franquia Star Wars, cancelados definitivamente pela produtora. Desta vez não estamos a falar de simples cortes de produção, mas da demissão de milhares de pessoas, que já receberam um aviso muito indesejável, mas antecipado, esta semana.

A CNBC informa que dentro de uma semana ocorrerá o primeiro corte substancial de 7.000 funcionários dentro da empresa, como a primeira das três rodadas de demissões previstas. A fonte também obteve um memorando assinado pelo próprio CEO da Disney, Bob Iger, endereçado aos seus funcionários. Ao que tudo indica, até sexta-feira serão realizadas as entrevistas através das quais os funcionários interessados ​​serão notificados. Segue um trecho do texto enviado aos colaboradores:

“Como partilhei convosco em fevereiro, tomamos a difícil decisão de reduzir a nossa força de trabalho geral em aproximadamente 7000 pessoas como parte de um realinhamento estratégico do negócio, incluindo grandes medidas de economia de custos necessárias para criar um sistema mais eficaz. Abordagem coordenada e simplificada ao nosso negócio”.

Se for verdade o que relata o Wall Street Journal, entre os milhares de funcionários prestes a deixar a empresa pode estar toda a divisão responsável pela aposta no metaverso. Não existe certezas, porém a equipa poderá ser composta por 50 pessoas, um número pequeno no cálculo total, mas interessante do ponto de vista da estratégia. O próprio Iger referiu-se ao metaverso como “a próxima grande fronteira da narrativa” e uma mudança semelhante significaria que todas as prioridades da empresa estariam a mudar.

Como já dito será apenas o início de um processo que irá terminar no final da primavera e que irá incluir mais duas fases de despedimentos, a segunda das quais terá início já em abril e a terceira antes do arranque do verão. Conforme explicado em fevereiro, a Disney precisa de pelo menos US$ 5,5 bilhões em redução de custos durante este ano.

A Disney é apenas uma das muitas empresas que colocaram a máquina de demissões em movimento, sendo que a vaga de demissões é “liderada” pela Amazon, que deverá contabilizar mais de 25.000 funcionários despedidos, seguido de perto pela Meta, que deverá estar perto dos 20.000.

A empresa mãe do Google, Alphabet, anunciou que o corte 12.000 postos de trabalho numa tentativa de reduzir os custos e simplificar as operações. A Microsoft seguiu o exemplo pouco depois, revelando que estaria a eliminar cerca de 10.000 postos de trabalho. Outras empresas de tecnologia, como o SpotifyZoom o Twitter de Elon Musk demitiram milhares de funcionários no final do ano passado.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui