Dia Mundial do Consumidor: estudo revela que mais de metade dos consumidores já foi alvo de tentativa de burla online

Mais de metade dos consumidores já foi alvo de uma tentativa de burla online e mais de 30% já foi vítima de um cibercrime, revela um estudo sobre Segurança Online efetuado no âmbito do Dia Mundial do Consumidor, que se assinalou a 15 de março.

O nível de literacia digital dos portugueses ainda é baixo, há desconhecimento sobre os vários tipos de ciberataques e o grau de proteção online também não é forte (poucas e fracas medidas de segurança), conclui o estudo, disponível no Portal da Queixa.

Os ataques informáticos e os casos de burlas online são cada vez mais frequentes e a tendência é aumentarem. Só nos últimos quatro meses, Portugal recebeu mais de 100 mil ameaças. Os ciberataques são vários, cada vez mais sofisticados e representam uma ameaça, tanto para consumidores como para marcas.

De acordo com os resultados do estudo, 55,2% dos consumidores inquiridos afirmam ter sido alvo de uma tentativa de burla online e 33,6% admite já ter sido vítima de uma burla online (cibercrime).

À questão: “Sabe identificar uma burla/esquema fraudulento?”, 29% dos inquiridos respondem que “não”. E apesar 71% dos consumidores indicar que sabe identificar uma burla/esquema fraudulento, a análise às respostas sobre “Quais os esquemas fraudulentos que conhece?” mostra uma realidade diferente e revela, pelo contrário, muito desconhecimento sobre o assunto.

A esmagadora maioria diz conhecer os esquemas de burla por SMS e emails fraudulentos (87%) e de phishing (81,7%). Seguem-se os esquemas por Sistemas de Pagamentos Eletrónicos (MB Way, Revolut, etc.) com 58,6% dos consumidores a afirmarem conhecer, e o Spyware é um esquema conhecido para 57,7% dos inquiridos. As maiores lacunas evidenciam-se nos seguintes tipos de ataque informático: Ransomware (43,2%); roubo da conta de WhatsApp (19,8%); SIM card swap (14,2%); Pharming (7%) e Shoulder surfing com apenas 6,1% a admitir conhecer este esquema.

À pergunta “Que cuidados tem para garantir mais segurança online?”, os resultados apurados indicam que as medidas adotadas pelos portugueses ainda são poucas e pouco seguras. Só 43,4% dos inquiridos admitem utilizar sempre redes seguras e somente 49,9% afirma apenas aceder a sites seguros.

Apenas 23,6% dos consumidores dizem utilizar uma VPN; apenas 27,6% admite guardar as passwords num gestor próprio; alterar regularmente as passwords é uma ação de segurança feita por 36,4% dos consumidores inquiridos; apenas 48% dos inquiridos afirmam ter ativa a autenticação de dois passos nas contas online. Não partilhar passwords ou acessos com terceiros foi um dos cuidados apontados por 85,7% dos consumidores e ter o programa de antivírus atualizado é uma realidade praticada por 68,9% dos inquiridos.

Sobre a existência de mecanismos de segurança online no local de trabalho, a salientar que, 26,9% dos inquiridos respondem que “não existem” e as medidas indicadas são escassas face aos perigos que os consumidores/utilizadores estão expostos.

O estudo “Segurança Online” foi realizado online junto de um universo de 1.564 inquiridos com idades compreendidas entre os 18 e mais de 65 anos. Responderam ao inquérito 65,3% de consumidores do género masculino; 33,2% do género feminino; 1% prefere não dizer e 0,4% outros.

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