Cook reúne-se com Trump para discutir políticas que afectam Apple

O presidente executivo da Apple, Tim Cook, tem encontro marcado com o presidente dos EUA, Donald Trump, uma reunião que surge numa altura em que está tenso o ambiente em território norte-americano à conta de um conjunto de decisões que poderão ter sérias consequências para o ambiente comercial das companhias americanas.

O encontro servirá para discutir questões comerciais, nomeadamente as tensões com a China, isto antes da iminente viagem do secretário do Tesouro a Pequim na próxima semana. “Ansioso para o meu encontro com Tim Cook da Apple, onde procuraremos falar sobre muitas coisas, incluindo como os Estados Unidos foram tratados injustamente por muitos anos, por muitos países, no comércio”, disse Trump na sua conta no Twitter.

A reunião terá lugar na Sala Oval, de acordo com a agenda presidencial publicada pela Casa Branca. Trump criticou repetidamente o sério déficit comercial com a China como uma causa de perda de empregos no país, e recentemente ameaçou impor US $150 bilhões em tarifas sobre vários produtos chineses, aos quais Pequim respondeu com medidas semelhantes. A Apple tem bons motivos para se envolver no assunto. A companhia de Cupertino é altamente dependente do mercado chinês – tanto porque a China responde por boa parte dos iPhones vendidos no mundo quanto porque é lá que boa parte dos produtos da empresa são fabricados.

Desta maneira, a empresa pode se beneficiar tanto de incentivos fiscais e de negócios do governo dos EUA quanto do mercado chinês.Grande parte da cadeia de produção do gigante tecnológico está baseada na China, de modo que a Apple pode sofrer as conseqüências de uma hipotética guerra comercial entre Washington e Pequim. Cook, que criticou publicamente as restrições de imigração propostas pelo presidente dos Estados Unidos, foi um dos convidados do jantar estadual oferecido pelo presidente dos EUA ao presidente da França, Emmanuel Macron, na Casa Branca. A própria Apple já aplaudiu a recente reforma fiscal impulsionada por Trump, que inclui um corte de impostos significativa para as empresas, e anunciou que vai investir cerca de 350 milhões de dólares nos EUA nos próximos anos.

De acordo com a Fortune, a Apple não se pronunciou oficialmente sobre o encontro com o presidente. No entanto, Cook participou no mês passado de uma conferência em Beijing na qual ele falou sobre o acirramento das relações comerciais entre os dois países – e mostrou-se, como seria de se esperar, contrário às medidas protecionistas.

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