A revista francesa 60 Millions de Consommateurs revelou um estudo que mostra a existência de vestígios de álcool nas duas principais marcas de refrigerantes de cola. Este estudo analisou 19 marcas e encontrou ainda outros componentes desconhecidos.
Num estudo que envolveu 19 marcas de refrigerante de cola, a revista 60 Millions de Consommateurs deu a conhecer a presença de álcool nas marcas Coca-Cola e Pepsi. O rigoroso estudo encontrou ainda componentes como canela, noz-moscada e citrinos. A análise, realizada pelo Instituto Nacional de Consumo em Paris, encontrou ácido fosfórico e edulcorante E150d (caramelo de sulfito amónico) nas bebidas.
A quantidade de álcool presente na bebida é mínima – menos de 10 mg de etanol por litro – no entanto pode ser o suficiente para causar problemas a quem consome o refrigerante com regularidade, como é o caso das crianças ou condutores. As duas marcas já confirmaram que os seus refrigerantes contêm originalmente álcool na sua composição e os vestígios encontrados podem advir da fermentação de fruta natural das suas receitas.
Como avança o jornal i, o edulcorante E150d – referido nas latas – foi proibido na confeção das bebidas nos Estados Unidos por ser considerado perigoso à saúde. No entanto, continua a ser utilizado nas bebidas vendidas na Europa e a DECO já classificou o edulcorante como duvidoso e susceptível de provocar reacções alérgicas ou hipersensibilidade aos consumidores.
O estudo lançado em França já levou à reação de Michel Pepin, director da Coca-Cola em França, que afirma que a marca está classificada como refrigerante, não sendo assim um perigo para o consumo, e é consumida por muçulmanos por autorização do Comité da Mesquita de Paris.