Civilization VI: o regresso de Portugal como um Império ao mais recente jogo da série

Portugal era, muito provavelmente, a civilização mais aguardada entre a comunidade de Civilization, sobretudo a lusófona, quer pelo seu crescimento como pela autonomia e dimensão nos tempos áureos do império português — tempos que marcaram a História entre virtudes e disvirtudes. Em Civilization V, o aparecimento de Portugal foi uma excelente notícia para a maioria dos jogadores. Contudo, para tristeza da maior parte, o aparecimento lusitano não viria a acontecer na sexta edição da série.

A fim de relembrar os melhores momentos histórios nacionais, alguns modders resolveram recriar o império português através de algumas linhas de código e imagens (um pouco amadoras) criar toda uma civilização para todos aqueles que procurassem alguma nostalgia do passado e que de alguma forma pudesse ser recriada para dar forma e contexto histórico ao jogo.

Isto parece ter suscitado impacto na equipa de desenvolvimento, tanto o é que foi apresentado no passado dia 15 de março a inclusão da civilização portuguesa — como última civilização — no “New Frontier Pass” — a mais recente DLC para Civilization VI. Durante os últimos dias (desde o anúncio) têm sido apresentados alguns dos detalhes por detrás da nova atualização. Esta segunda-feira, dia 22 de março, foram publicados alguns intrumentais clássicos portugueses alusivos à temática fadista (que marca a história do nosso país).

Portugal entre em Civilization 6 pelas mãos do rei D. João III, frequentemente apelidado de “o Piedoso” ou “o Colonizador” foi o rei de Portugal e Algarves durante o período de 1521 até 1557 (aquando da sua morte). Durante o seu reinado foi capaz de gerir todo um império vasto, entre ilhas atlânticas, território continental na Malásia, Índia, África e Brasil — onde concentrou a sua ação expansionista. Existem até registos de pelas mãos de João III, os portugueses terem chegado a Nagasaki no Japão em 1543.

João III foi um indivíduo muito afeito à religião Católica, tendo permitido a introdução da inquisição em Portugal em 1536, o que motivou a fuga de mercados judeus e os chamados “cristãos-novos”. Iniciou a colonização do Brasil, a fim de garantir a segurança dos mares e território continental contra a pirataria — que comprometia as trocas comerciais entre a ex-colónia e a nação portuguesa. Durante o seu reinado, aguentou a morte dos dez filhos que gerou e ainda o despoletar de uma crise que se viria a agravar com o desaparecimento do futuro rei D. Sebastião.

A nova atualização traz consigo uma unidade única (de invenção portuguesa), a Nau, e também duas estruturas amplamente difundidas pelo mundo (quer em sabedoria, como pela sua presença): a Escola de Navegação e a Feitoria (muito utilizada, sobretudo, no continente africano). Para além disto, a “Casa da Índia” — que remonta ao tempo da rota comercial indo-portuguesa — e que aumenta significativamente os rendimentos em trocas comerciais internacionais.

O líder em questão, João III de Portugal, tem a habilidade única, a “Porta do Cerco“, que concede a todas as unidades visão expandida sobre o território, aumentando também a capacidade de rotas comerciais sempre a civilização portuguesa encontrar uma nova cidade, permitindo também uma abertura de fronteiras mais alargada com todas as cidades-estado (intensificando a nossa excelente diplomacia, que remonta à época medieval).

Os temas compostos para fazer parte da banda sonora de da DLC de Portugal são “Portugal — The Ancient Era (Fado Menor)” da autoria de Cordeone; “Portugal — The Medieval Era (Fado Menor)” da autoria de Geoff Knorr; “Portugal — The Industrial Era (Fado Menor)” também da responsabilidade de Geoff Knorr; “Portugal — The Atomic Era (Fado Menor)” desenvolvidas por Geoff Knorr e Phill Boucher.

Fonte Civilization

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