Recentemente foi divulgado pelos cientistas que há 20% menos de água glaciar do que o estimado anteriormente. Esta medida é especialmente importante pois diminui os impactos potenciais do aumento do nível do mar devido à crise climática.
O estudo, que envolveu de mais de 250 mil glaciares, bem como a sua profundidade, revelou que em algumas zonas do globo há mais gelo do que se pensava, noutras menos. Por exemplo nos Himalaias há mais 37% de água do que o que se pensava, contudo verifica-se que os glaciares estão a derreter a uma velocidade muito rápida, por sua vez, nos Andes milhões de pessoas estão afetadas pois verifica-se menos de 23% de água nos glaciares.
“Descobrir quanto gelo está armazenado nos glaciares é fundamental para antecipar os efeitos das alterações climáticas na sociedade”, referiu Romain Millan, o autor principal do estudo, do IGE. Mathieu Morlighem, acrescentando que “a descoberta de menos gelo é importante e vai ter implicações para milhões de pessoas em todo o mundo (…) Mesmo com esta pesquisa, contudo, não temos ainda a imagem perfeita de quanta água está realmente armazenada nestes glaciares”, refere o site Eureka.
Os cientistas também revelaram que a sua descoberta também tem implicações na oferta de água potável, bem como para o abastecimento de água para a criação de energia, agricultura, indústria e outros usos.
Apesar dos avanços feitos com estas descobertas, os cientistas referem que “as estimativas são aproximadas, mas ainda incertas, particularmente em regiões onde as pessoas dependem muito dos glaciares. A recolha e partilha de métricas são complicadas porque os glaciares estão espalhados por diferentes países, com prioridades de investigação diferentes”.
Romain Millan, cientistas do Instituto de Geociências Ambientais em Grenoble, França, principal autor do estudo, referiu que “descobrir quanto gelo que se encontram nos glaciares é um passo fundamental para antecipar os efeitos das mudanças climáticas na sociedade.
Fonte: Independent
