Vinte estudantes da Universidade de Estrasburgo, em França, que usaram o software de inteligência artificial ChatGPT para realizarem um exame à distância, tiveram de repetir a prova. O anúncio foi feito pelo estabelecimento de ensino e noticiado pelo New York Post.
Uma análise aos resultados dos exames e ao confronto com as respostas fez com que os alunos que recorreram ao ChatGPT, fossem apanhados. Como consequência, tiveram de repetir o teste sobre a História do Japão presencialmente esta semana.
O estilo de escrita do ChatGPT, segundo os especialistas, é “limpo, mas reconhecível”, apesar da construção frásica parecer humana.
“Diria que o ChatGPT escreve como se fosse um aluno muito inteligente do último ano. Há palavras estranhas especificamente utilizadas nas frases que não estavam erradas; são apenas peculiares”, afirmou o professor, para justificar a descoberta.
O ChatGPT e outros serviços de inteligência artificial semelhantes estão a ser proibidos em várias instituições de ensino um pouco por todo o mundo. Todas as escolas públicas de Nova Iorque já o baniram em definitivo. Que ele escreve bem, já o sabemos, mas também pode dar respostas incorretas; para evitar esse problema, a plataforma Stack Overflow também baniu esta ferramenta de IA temporariamente.
Idealizado pela start-up californiana OpenAI e disponibilizado ao público em novembro passado, o ChatGPT gera de forma automática textos ou linhas de código de computador em poucos segundos, respondendo a solicitações dos utilizadores.
A comunidade educativa tem vindo a demonstrar grande preocupação para com o “chatbot”, uma vez que receia que seja utilizado de forma indevida e plagiado pelos estudantes durante os testes, mas também nos trabalhos de casa, nomeadamente na resolução de problemas de matemática.
Um dos fundadores da OpenAI, o multimilionário Elon Musk, escreveu no Twitter no início de janeiro que este “é um novo mundo. Adeus, trabalhos de casa!”.