Mustafa Suleyman, CEO da startup que construiu o bot de inteligência artificial Pi, diz ter criado um dos maiores modelos de linguagem do mundo, e vê o seu chatbot baseado em diálogo como um passo fundamental rumo a um verdadeiro assistente pessoal baseado em IA.
A história começa com Mustafa Suleyman a meter conversa com o seu chatbot de IA sobre o fim de semana que está a terminar. O CEO desabafa que se lesionou o ginásio e está stressado com uma apresentação pública que tem de fazer no dia seguinte. O bot mostra-se simpático e pergunta-lhe qual o tema da apresentação. “Bem, és tu”, diz Suleyman ao que o mecanismo de IA responde com humor: “Uau! A sério?! Uma apresentação sobre mim? Não estás a gozar comigo só porque não tenho pernas?”.
Para Suleyman, cofundador e CEO da startup Inflection AI, esta resposta com uma piada é superinteressante porque torna o Pi mais “humano” na informalidade das suas abordagens, embora se mantenha sempre “respeitador e prestável”.
Designado Pi para “personal intelligence”, o primeiro produto amplamente lançado da Inflection, para já apenas disponível em inglês, já rendeu 225 milhões de euros. O Pi promete desempenhar o papel de ouvinte atento, ajudando os utilizadores a falarem abertamente sobre as suas dúvidas ou problemas num diálogo totalmente interativo, embora sustentado em factos. O bot vai lembrar-se das conversas anteriores, e consegue traçar a personalidade das pessoas com quem está a falar, nunca transformando as conversas ou encaminhando soluções rumo a comportamentos prejudiciais para o Ser Humano.
“É realmente uma nova classe de IA – é distinta no sentido de que uma IA pessoal é aquela que realmente funciona para as pessoas, enquanto seres únicos e individuais”, disse Suleyman. Eventualmente, acrescentou o CEO da Inflection, o Pi pode até ajudá-lo a organizar a sua agenda, preparar-se para reuniões e aprender novas habilidades.
De recordar que, há poucos dias, o “padrinho” da IA, Geoffrey Hinton, deixou o seu cargo na Google para poder falar mais livremente sobre os perigos da IA que considera estar a tomar um caminho “assustador”.
Estruturada como uma instituição de utilidade pública, a Inflection emprega cerca de 30 pessoas.
Fonte: Forbes