Carne artificial dá origem ao primeiro hambúrguer-proveta

hamburguer

Se alguma vez pensou que não seria possível comer um hambúrguer que não fosse de carne “verdadeira”, saiba que, em Londres, dois corajosos voluntários provam, esta segunda-feira, o primeiro hambúrguer-proveta.

As primeiras experiências realizadas pela equipa de Mark Post, da Universidade de Maastricht, na Holanda, demonstraram que o hambúrger não tinha um grande sabor, admitiu Mark Post à BBC online, mas que era “suficientemente bom”.

Por isso, e para prevenir que a experiência dos dois voluntários seja mais agradável, o hambúrger vai ser tingido com sumo de beterraba, para se assemelhar a um pedaço de carne “normal”, e misturado com pão ralado, caramelo e açafrão, para dar sabor.

Os 140 gramas deste hambúrguer rondam os 250 mil euros, o valor total gasto, até ao momento, neste projeto de investigação.

A iguaria foi idealizada pelos cientistas holandeses a partir de células estaminais extraídas do músculo de vacas. Em laboratório, cultivaram-nas usando posteriormente nutrientes e substâncias químicas promotoras de crescimento. Semanas depois, multiplicaram-se em milhões e milhões de células.

Essas mesmas células foram depois dispostas em placas com pequenos buracos em forma de anel. Ficaram aí a formar pequenas tiras de tecido de músculo, com cerca de um centímetro de comprimento e alguns milímetros de espessura, refere uma notícia da BBC online.

Por fim, e após um período de congelação, foram descongeladas e misturadas numa pasta, prontas para serem cozinhadas. Por enquanto, esta carne artificial é esbranquiçada, o que difere muito de um suculento pedaço de carne vermelha, porque, entre outras coisas, lhe falta o sangue.

Para já ainda não são conhecidas as reações dos dois bravos voluntários, mas, em 2010, um jornalista russo que visitou o laboratório de Mark Post provou a carne artificial e, segundo o cientista holandês citado numa notícia da revista Nature na altura, o jornalista considerou o músculo in vitro “difícil de mastigar” e “sem sabor”.

A tornar-se uma realidade, os consumidores ainda terão de esperar  20 anos, diz a equipa, para se cruzarem com um naco de carne artificial nos supermercados.

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