Battlefield V: Análise & Primeiras Impressões da Beta

Battlefield V, um jogo de tiro em primeira pessoa desenvolvido pela DICE e publicado pela Electronic Arts. Battlefield V é o décimo sexto jogo da série Battlefield.

Será lançado mundialmente para o Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One em 20 de novembro de 2018, data que sofreu adiamento em virtude de efetuar melhorias e marcar distância de Call of Duty, a concorrência.

O jogo é baseado no seu antecessor, Battlefield 1, passado na Primeira Guerra Mundial. Mas desta vez, concentrando-se na Segunda Guerra Mundial. Tem uma mulher como protagonista, em memória das mulheres que combateram na Segunda Guerra.

Ao longo do tempo de desenvolvimento, existiram Alpha betas, em que o jogo foi testado, muito mudou. Recentemente, para quem reservou o jogo, houve um acesso antecipado para a Open beta que se aproximava.

O acesso antecipado aconteceu a 4 de setembro, dois dias antes do lançamento da Open beta a 6 de setembro. Permanece a decorrer até dia 11 de setembro às 15 horas de Portugal Continental.

1. Ambientação e cenário

Battlefield V promete ser o mais rico, profundo e imersivo da franquia. Apesar de a Beta mostrar um pouco daquilo que será o jogo, certamente, não mostra todo o seu esplendor e qualidade.

Narvik, protagonista da primeira Grand Operation

Quanto a ambientação, este jogo, mostra mais aquilo que é estar em um cenário de guerra, tendo mesmo essa perceção na jogabilidade. A diferença nota-se para quem jogou Battlefield 1, em que as coisas eram mais suavizadas. Os cenários mostravam cores mais quentes e alegres em grande parte dos mapas, transparecendo uma falsa realidade do que verdadeiramente aconteceu.

Para além de Narvik, Rotterdam, faz parte dos mapas de Conquest

Por sua vez, em Battlefield V, o jogador é “impressionado” pela realidade pura e crua de um verdadeiro cenário de guerra. Onde simplesmente é ignorado por grande parte dos jogadores (por vezes, até pela própria equipa). Razão que leva a DICE a intensificar a união de equipa.

2. Destruição mais realista no motor gráfico

Talvez uma das maiores preocupações para o novo Battlefield tenha sido as melhorias que seriam possíveis de implementar. Segundo constatei, o sistema de destruição do jogo, oferece efeitos visuais mais realistas do que os apresentados em BF1 (que eram fantásticos).

Quando falamos em destruição, falamos principalmente nos edifícios. Agora, a explosão de uma mina ou de dinamite pode provocar uma destruição praticamente total do edifício ou casa. Com apenas um tanque, é agora possível, destruir a fachada de um prédio com um projétil bem lançado.

Edifício destruído com granadas e bombas.

O sistema de construção é uma das mais recentes implementações em Battlefield V. Apesar de ainda termos um acesso muito restrito a este modo, tem algo de promissor, podendo mesmo ajudar em muitos cenários, a sua utilização.

Fortification, o sistema de construção do jogo

Narvik, um dos principais mapas da beta, protagonista da primeira Grand Operation, é um exemplo de cenário, onde o sistema de construção consegue ser bastante útil. Com ele conseguimos efetuar um reconstrução parcial dos edifícios que sofreram fortes danos.

Para dizer a verdade, julgo que o papel fundamental do aparecimento de Narvik na Open beta, foi demonstrar aos jogadores a capacidade de destruição e reconstrução de edifícios in-game.

3. Gameplay

Houve melhorias importantes em toda a jogabilidade no jogo, contudo, como seria de esperar, existem diversos problemas durante as partidas disponibilizadas na Open beta. Para surpresa de muitos, os erros têm sidos excessivos, para outros menos positivos, isto era esperado.

4. Squad (equipa de combate)

Este novo título, Battlefield V, é o primeiro jogo da franquia a possuir squads de apenas 4 jogadores, invés dos tradicionais 5 jogadores. Contudo, o principal foco deste novo jogo, foi reforçar o papel desses mesmos squads/equipas de jogo.

5. Mecânicas adicionadas ao Gameplay

Com a necessidade de inovar, a DICE procurou implementar novas funções ao jogo. Exemplo disso, é o modo de agachamento que permite agora, correr. A possibilidade de saltar através de janelas não quebradas (sem a necessidade de partir o vidro). Para além disso, quando realizado um salto de uma altura considerável, o personagem efetua uma pequena cut-scene em que efetua uma cambalhota.

Os movimentos estão mais suavizados e ágeis, no entanto, na beta, penso que isso não se verifique com tanta clareza. Agora, é possível deitar e rastejar com o personagem de costas, cobrindo fogo inimigo na retaguarda.

    

O ambiente em volta do jogador reage às suas ações, como por exemplo dentro de água, as folhas e as pegadas na neve (ou os pombos no mapa de Rotterdam).

Agora, a utilização das armas é mais realista, podendo ver algum sentido no seu manuseamento, nomeadamente, as granadas (que são claramente projetas da mão e não do corpo).

Outro detalhe adicionado, mas que incomoda é o sistema de “revive”, onde o jogador morto aguarda por ajuda. Contudo, o que acontece na maioria das vezes é uma morte lenta e agonizante.

Quem jogou em títulos como Battlefield 1, onde estavamos habituados a um respawn mais rápido, poderá ter uma desilusão. É nos dada a opção de clicar em um botão para morrer em paz ou outro botão para pedir ajuda.

Na maioria das vezes, o que verá são, apenas os seus amigos e inimigos a passar por cima de si sem qualquer dó.

Pessoalmente, considero que deveria de existir um botão que permitisse ao jogador desistir rapidamente de viver, sem ter de sofrer todo aquele tempo com gritos agonizantes e assombrosos.

6. Aspetos negativos

O principais problemas, que na minha opinião, podem ser encontrados no jogo. Alguns deles, bastantes chatos e irritantes.

7. Loadout da classe de médico

Para mim, o principal problema registado é o facto de o médico possuir equipamento que permite obter vantagem sobre as restantes classes do jogo.

Com a troca das principais armas de Assalto e de Médico, da versão Alpha para a Open beta de Battlefield V, a classe de médico tornou-se a única classe desequilibrada, pois encontra-se neste momento, com vantagens desiguais a nível de combate (jogador vs. jogador).

Como se não fosse suficiente, o papel de médico é garantir a eficiência do squad do ponto de vista da sobrevivência, ou seja, em poucas palavras, consegue manter-se a ele próprio em combate facilmente.

8. Ocorrência de “despawn” de tanques no jogo

Segundo fonte próxima, durante algumas partidas de Conquest, após solicitar o spawn no mapa de Narvik com um taque Tiger e Valentine, tendo percorrido alguma distância, o jogador é expulso do tanque sem razão aparecente, seguido do desaparecimento do respetivo veículo.

9. Aspetos positivos

As principais melhorias, que na minha opinião, podem ser encontrados no jogo. Muitas delas fazem deste jogo, um jogo bastante característico.

10. Combate Tanque vs. Tanque (mais realista)

A implementação de um reformulado sistema de combate entre tanques, neste caso, com a introdução do reabastecimento para permanecer em combate, veio equilibrar de uma forma efetiva, o combate tanque vs. tanque.

O sistema de reparação foi modificado, talvez, numa tentativa (novamente) de reequilibrar o modelo de combate. Agora, quando faz uma reparação manual do tanque, apenas consegue fazê-lo por número limitado de vezes, após esse tempo, terá que regressar ao posto de reabastecimento para efetuar uma reparação completa.

11. Combate Avião vs. Avião

Assim como nos tanques, também o sistema de combate entre aviões foi modificado, na medida em que, os aviões possuem agora menos resistência na fuselagem, o que torna mais realista do ponto de vista de combate real, quando comparado com Battlefield 1.

Com a introdução de novas mecânicas ao motor gráfico do jogo, os aviões passaram a sofrer danos mais realistas face a objetos à superfície e vice-versa, quando comparado com o título anterior da franquia. Antes os danos nos veículos aéreos era quase permanentes, levando à destruição dos mesmos.

Apesar disto, nem tudo são aspetos positivos, as aeronaves que possuem lugar para mais jogadores, nomeadamente, os bombardeiros leves, o artilheiro possui menos capacidade de manobra para o defender, pois está limitado a um campo de visão demasiado curto, levando à rápida destruição do avião por fogo inimigo. Provavelmente realista, mas pouco prático.

Aspeto interessante presente no bombardeiro leve alemão, Ju-1 “Stuka”, é a sirene de Jericho, que produz aquele som icônico de um avião em descida rápida da Segunda Guerra Mundial.

12. Reinforcements

Os reinforcements apareceram no jogo com vista a substituir os behemoth (o Airship, o Super-heavy tank, o Armored train e o Dreadnought) — veículos especiais que podem alterar o rumo do jogo.

Testados, os reinforcements foram mais eficientes que os behemoth durante o período de teste. Permitiu controlar muito melhor o rumo do jogo, enquanto squad. Antes, um behemoth apenas servia uma das partes do jogo (em desvantagem), o reinforcements favorecem cada squad por si só.

V1, a bomba-míssil

O V1 é um dos reinforcements que mais destruição trouxe ao jogo, podendo destruir um batalhão de inimigos quase inteiro num só posto. A explosão é de tal magnitude que os edifícios ficam em ruínas e os jogadores perto que não morrem, são projetados, podendo sofrer com os destroços causados.

Supply-drop, o kit de suprimentos aéreo

O “supply-drop” é outro dos reinforcements disponíveis na Open beta, onde é possível ver uma estrutura similar ao de uma bomba, cair de paraquedas num local definido com suprimentos de vida.

Tanque de cerco é o que se encontra no meio-lateral direito do menu.

Existe ainda outro tanque, chamado Tanque Pesado de Cerco. No caso dos britânicos, é o Churchill Crocodile, que para além do canhão principal, possuí um lança-chamas no lugar secundário. No caso dos alemães, é o Sturntiger, que possuí como canhão principal, um lança-foguetes e no lugar secundário, um lança-granadas.

Ambos os tanques provenientes de reinforcements possuem espaço para o squad inteiros, ou seja, aproximadamente, 4 jogadores.

13. Opinião & Expetativas

Tendo começado a jogar a Open beta na manhã de dia 6 de setembro, julgo que foi o suficiente para afirmar que não foi uma desilusão. Apesar disso, senti um grande choque face a uma imersividade que bem conseguida, me afastou do ambiente mais alegre de Battlefield 1.

O rápido confronto entre jogadores que se faz sentir, provoca alguma irritação no combate player vs. player, pois cria um sentimento de impotência face a desequilíbrios (como no caso da classe de médico).

Atualmente, a minha classe de eleição, Recon, antigo Scout em Battlefield 1, sofreu algumas alterações face ao antecessor. Com a rifle de precisão, Lee-Enfield, consigo apenas um dano de 55 pontos de vida, o que se revela uma diminuição grande do damage em comparação com os 70 – 80 pontos em BF1.

Gostava que na versão final, quando houver mais rifles de assalto, não acontença da mesma forma (é complicado comparar armas diferentes, de jogos diferentes). A minha expetativa relativamente ao problema da classe de médico, é que seja resolvida pela equipa da DICE.

2 COMENTÁRIOS

  1. Muito boa sua análise… também estou sofrendo, pois em BF1 jogo de batedor somente com iron sight… atirar com os rifles e com dano apenas de 55 ficou bem complicado…

  2. Olá sr. Diego. Agradeço desde já o seu comentário. Em segundo lugar, fico satisfeito que tenha gostado da análise, agradeçendo o elogiu dado. O facto é que, os snipers ficam com a vida dificultada neste novo jogo. Espero que a vinda de novas armas possa mudar um pouco o rumo dos Recons. Cumprimentos.

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