A invasão da Ucrânia pela Rússia no final do mês passado provocou uma indignação global, com os governos a acumularem sanções contra o Kremlin e os seus aliados, enquanto que várias empresas grandes cortaram os laços comerciais.
Um número crescente de multinacionais, do McDonald’s à Adidas e Samsung, interrompeu total ou parcialmente os negócios na Rússia.
A ASUS, com sede em Taipei e um dos maiores fornecedores de PCs do mundo, é a mais recente empresa a expressar preocupações sobre o conflito que não vê fim à vista. “A situação (da Ucrânia) – combinada com desafios complexos nas cadeias de suprimentos, logística e bancos, além de outros fatores – criou uma paralisação efetiva de remessas para o mercado russo”, afirmou em comunicado publicado no Twitter.
“Esperamos que a paz seja restaurada em breve e que a ajuda humanitária chegue a todos os que estão em perigo”, acrescentou.
A empresa de tecnologia também disse que doará cerca de US$ 1 milhão em ajuda para a Disaster Relief Foundation, uma ONG taiwanesa que arrecada fundos para a Ucrânia.
Não está claro se a pausa nos embarques foi feita propositalmente em solidariedade à Ucrânia ou foi resultado do conflito e das sanções que dificultam as operações.
O anúncio ocorre dias depois que o vice-primeiro-ministro ucraniano, Mykhailo Fedorov, publicou uma carta ao presidente da ASUS, Jonney Shih, pedindo à empresa que “terminasse qualquer relacionamento” com a Rússia.
“De acordo com a AUS, os russos não têm o direito moral de utilizar a sua tecnologia brilhante! A Asus é pela paz, não pela guerra!” twittou o presidente da ASUS na quinta-feira.
Fedorov – que também é ministro digital da Ucrânia – está numa onda de tweets desde o início do conflito, pedindo a empresas multinacionais de tecnologia, incluindo Intel, Microsoft e PayPal, que suspendam as operações na Rússia.
A mídia taiwanesa citou na segunda-feira analistas, que referem que a Rússia respondeu a quase 5% das remessas de laptops da ASUS no ano passado.
