Apple ultrapassa Android como o smartphone mais usado nos Estados Unidos

A Apple ultrapassou os dispositivos Android e corresponde agora a mais da metade dos smartphones usados nos Estados Unidos, conferindo à gigante de Cupertino uma maior vantagem sobre a sua rival mais direta (a Samsung), à medida que vai conquistando terreno em setores como as finanças e a saúde. As contas foram feitas pelo Financial Times.

O marco de 50% – a maior participação do iPhone desde o seu lançamento em 2007 – foi confirmado pela primeira vez no último trimestre, segundo dados da Counterpoint Research.

“Os sistemas operacionais são como as religiões: nunca há mudanças muito significativas. Mas, nos últimos quatro anos, o fluxo “migratório” foi consistentemente do Android para o iOS”, disse o diretor de pesquisa da Counterpoint, Jeff Fieldhack. “Este é um grande marco que estamos a ver replicado noutros países ricos em todo o mundo”, acrescenta.

Os números são baseados nos smartphones em uso, conhecidos como a “base instalada ativa”, o que o chefe de finanças da Apple, Luca Maestri, apelidou de “o motor da nossa empresa” numa teleconferência de resultados de julho. Esta é uma categoria mais ampla e significativa do que a esperada nas novas entregas de telefones, que flutuam de trimestre para trimestre e já demonstraram a força recém-descoberta da Apple.

A base instalada ativa leva em conta os milhões de pessoas trazidas para o ecossistema da Apple também através do mercado de telefones usados, bem como aqueles que usam iPhones adquiridos há alguns anos.

Ben Wood, analista da CCS Insight, diz que não se trata de um fenómeno surpreendente: “não é que estejamos a assistir a um grande ano em que a Apple aumenta a sua participação de mercado em 10 ou 15%, mas há esse processo lento no qual, discretamente, conquista mais participação a cada ano que passa”.

Os smartphones Android começaram a ser vendidos em 2008, um ano após o lançamento do iPhone, e ultrapassaram a base instalada do iOS em 2010, de acordo com o NPD Group. Nos três anos anteriores, a Apple nunca tinha tido qualquer resultado perto dos 50% de participação de mercado, já que as vendas foram dominadas pela Nokia, Motorola, Windows e BlackBerry.

Enquanto o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, se prepara para apresentar o iPhone 14 na quarta-feira, este marco agora atingido sugere que a empresa nunca esteve numa posição tão competitiva, apesar das críticas persistentes de que perdeu a sua vantagem inovadora.

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