Em 2016 a Apple entrou em colisão com o FBI, quando as autoridades norte-americanas queriam que a fabricante norte-americana criasse uma forma das autoridades poderem ter acesso a iPhones bloqueados. O FBI acabou por comprar um software a terceiros que faz esse pressuposto, mas a Apple quer dificultar esse tipo de acesso.
Como é óbvio, e tal como a Apple argumentou na altura, um software deste tipo nas mão serradas são perigosos para os seus produtos e todos os seus clientes e, tal como previam, mais cedo ou mais tarde acabaria por descobrir a forma como o FBI conseguia o acesso. Por esse motivo, em breve irá atualizar o iOS para dificultar esse acesso.
O software que as autoridades suam chama-se GrayKey e funcionava instalando um software soft através da porta Lightning do iPhone. Desta forma, o aparelho consegue descobrir uma password de um iPhone através da “Força-bruta”, isto é, tentando vários códigos até descobrir o correto.
Este tipo de software pode desbloquear um iPhone em apenas 6,5 minutos se a password tiver, apenas, quatro números. No entanto, não pense que agora a segurança de qualquer iPhone está comprometida, já que o aparelho em si custa 15 mil dólares.
Apesar de não estar confirmado que o FBI utilizou um software similar para desbloquear um iPhone em 2016, a Apple já anunciou que irá atualizar o seu iOS para que não seja possível transmitir dados através do cabo quando o smartphone não está desbloqueado.
Com esta nova atualização, os dispositivos iOS só permitem a transmissão de dados durante uma hora após o dispositivo ser desbloqueado, fazendo com que este tipo de acessos ilegítimos a dispositivos Apple termine.
Segundo a Apple, a privacidade e segurança dos seus utilizadores é primordial e apesar de a Apple indicar que respeita muito as autoridades e o seu trabalho, é uma alteração que tem de ser feita já que pode ser usada para prejudicar os seus utilizadores.
Apesar de ainda não ser oficial, é muito provável que esta atualização esteja disponível na próxima versão do iOS 12, que deverá ser lançada em setembro.
Fonte: Reuters
