Apple Glasses: tudo o que sabemos sobre os óculos inteligentes da Apple

A gigante norte-americana Apple se tornou uma das marcas mais conhecidas e valiosas do mundo especialmente por sua participação na criação de algumas das categorias mais transformadoras de aparelhos eletrônicos: a linha Macintosh de computadores ajudou a acelerar a revolução da computação pessoal, o iPod introduziu boa parte dos consumidores à música digital e, em sua proposta mais grandiosa, o iPhone alterou completamente o paradigma dos smartphones e originou a era moderna de aplicativos como conhecemos.

Este histórico torna os lançamentos de novas categorias de produtos da Apple eventos marcantes e muito aguardados, gerando especulação e rumores sobre os potenciais novos produtos. Em 2023, dezesseis anos após o lançamento do primeiro iPhone, analistas prometem que o novo produto da Apple será uma revolução tão grande quanto o smartphone. Confira.

Realidade Aumentada e aparelhos vestíveis

Rumores de linhas de produção, protótipos vazados e empregados anônimos sugerem que a Apple está desenvolvendo um óculos de realidade aumentada, apostando nessa tecnologia como a grande próxima etapa para a computação pessoal.

A realidade aumentada é o conjunto de tecnologias que permitem a mistura do mundo digital com o mundo real, geralmente sobrepondo imagens de computador por cima da visão, e utilizando tecnologias bem consolidadas como os códigos QR explicados pela ExpressVPN, até mesmo criar interações complexas entre objetos reais e aplicativos.

Os usos da RA são diversos e frequentemente explorados por filmes futuristas de ficção científica, atraindo a atenção do público. Seria possível, por exemplo, receber instruções para chegar em determinado local a pé ou dirigindo sem precisar olhar para o celular ou GPS – uma linha indicando o caminho apareceria diretamente na rua, enquanto notificações de emails ou mensagens poderiam aparecer no canto da visão sem interromper uma reunião, filme ou outra atividade. Além disso, seria possível fotografar qualquer coisa ao alcance dos olhos, controlar aparelhos inteligentes, receber notícias e vídeos, visualizar peças de roupa no próprio corpo ao navegar em um site de varejo, posicionar e visualizar móveis dentro da casa antes de comprá-los, entre milhares de outras aplicações profundamente poderosas.

A tecnologia de RA e seus usos não é uma novidade – smartphones com Android e iOS já são capazes de oferecer parte desses recursos com facilidade, e videogames como o Nintendo 3DS e o Pokémon GO utilizaram a RA para misturar os personagens virtuais com o mundo real utilizando a câmera. No entanto, a grande proposta que permitirá a evolução dessa tecnologia é o uso de um dispositivo vestível – como os óculos. A tecnologia vestível remove a barreira entre a pequena tela do celular e a direção onde está apontada, permitindo que o usuário desfrute da RA de forma constante, sem obstruções, e sem precisar se lembrar dos recursos – é como se seu smartphone e sua visão se transformassem em uma única coisa.

Lançamento dos óculos da Apple

Os óculos inteligentes da Apple não seriam a primeira tentativa neste mercado – projetos da Google e Microsoft já foram mostrados ao público e até mesmo testados por jornalistas, no entanto, limitações de sua tecnologia impediram o lançamento ao consumidor final – o Microsoft Lens, por exemplo, atualmente é vendido apenas para grandes empresas e fábricas e é utilizado para ajudar ou treinar funcionários remotamente, especialmente ao manejar maquinaria especializada.

No entanto, o desenvolvimento de óculos cuidadosamente planejados para lançamento em massa para os consumidores por parte da Apple já é conhecido há alguns anos. Arquivos vazados no sistema operacional iOS mostram que a empresa está trabalhando na interface, tentando equilibrar os recursos sem desviar excessivamente a atenção do usuário ao mundo ao seu redor. Além disso, patentes da Maçã revelam as tecnologias por trás de seu desenvolvimento – ao invés de utilizar uma pequena tela como o modelo da Microsoft, o óculos utilizaria um projetor escondido na armação e um conjunto de lentes para direcionar a luz aos olhos, além disso, a armação seria personalizável com diversos modelos para combinar com as vestimentas do usuário, e a integração profunda com o iPhone e Apple Watch forneceriam a maior parte do poder de processamento e recursos dos óculos – o aparelho seria, portanto, um acompanhante ao iPhone e não um substituto completo.

Analistas reportam que fontes internas explicaram que o projeto encontrou diversos obstáculos ao longo de seu desenvolvimento, exigindo adiamento de seu lançamento ao público. As indicações atuais são de que os óculos serão apresentados no ano de 2026, no evento WWDC, e é possível que o primeiro modelo não possua todos os recursos previstos – como tecnologia 3D e OLED. Dois dos problemas mais difíceis de serem solucionados são controlar o tamanho e espessura da armação e, ao mesmo tempo, garantir uma boa duração de bateria.

A realidade aumentada será certamente o futuro da tecnologia – no entanto, ainda não sabemos qual será o primeiro produto a dominar o mercado oferecendo aos consumidores uma versão acessível e útil desses recursos. Se a história se repetir, é possível que os óculos da Apple em 2026 sejam o pontapé inicial para uma nova relação entre consumidor e tecnologia.

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