Apple continua a fazer milionários: Já pagou mais de 260 mil milhões de dólares a programadores

Apesar de enfrentar vários processos anti-concorrência e regulamentações mais rígidas em certos mercados, a Apple divulgou hoje novos números indicando um crescimento recorde da App Store em 2021.

A empresa em um comunicado à imprensa disse que já pagou mais de 260 mil milhões de dólares aos criadores de aplicações desde o lançamento da App Store, em 2008. Um número que supera os 200 mil milhões reportados pela Apple no final de 2020 – o que significa que, somente em 2021, a Apple pagou aos desenvolvedores um total de, pelo menos, US$ 60 bilhões. Esse número é muito maior do que os pagamentos relatados em anos anteriores.

Para comparação, a Apple até o final de 2019 pagou aos programadores um total de 155 mil milhões desde a estreia da App Store. No ano anterior, havia dito que esse valor era de cerca de US$ 120 mil milhões. Lendo nas entrelinhas, isso significa que os pagamentos aos criadores aumentaram US$ 35 milhões de 2018 a 2019, depois cresceram outros US$ 45 bilhões de 2019 a 2020.

Infelizmente, o número de pagamentos que a Apple partilhou não ajuda mais a esclarecer o estado geral da economia da App Store, pois as percentagens pagas por aplicativos individuais variam.

Nos anos mais recentes, a Apple ajustou a sua estrutura de comissões para reduzir o seu próprio corte na receita de desenvolvedores, devidoo ao aumento do escrutínio regulatório das suas práticas de negócios na App Store, reclamações antitruste e ações judiciais – incluindo o caso em andamento com a Epic Games, agora em recurso.

Com o lançamento do Programa para Pequenas Empresas da Apple anunciado em novembro de 2020, a empresa reduziu a sua comissão de 30% para 15% em aplicativos qualificados (aqueles que faturavam até US$ 1 milhão por ano). Em 2021, a Apple também retirou comissões para aplicativos de editores de notícias, caso optassem por participar do Apple News Partner Program. A Apple não disse quantos programadores e editores realmente aproveitaram essas oportunidades, apenas que uma “grande maioria” de aplicações se qualificaria para o desconto para pequenas empresas.

Ao anunciar outro recorde na App Store, a Apple parece estar seguindo uma linha tênue entre sua autopromoção e não chamar muita atenção para seus ganhos descomunais. A empresa observou que os clientes da App Store gastaram “mais do que nunca” entre a véspera de Natal e a véspera de Ano Novo em 2021, impulsionando um crescimento de dois dígitos em relação ao ano passado.

No entanto, a Apple não ofereceu números concretos para documentar esse marco como no ano passado, quando notou que os consumidores gastaram US$ 1,8 mil milhões em bens e serviços digitais durante a semana entre a véspera de Natal e a véspera de Ano Novo de 2020, impulsionados em grande parte pelos gastos em jogos. Os números de hoje seguem o que tem sido um ano de transição para a App Store.

A Apple este ano também foi condenada a fazer alterações na App Store que permitiriam links para opções de pagamento de terceiros como resultado da decisão da Epic, mas como recorreu da sentença, essa obrigação não é definitiva e, por isso, continuamos a nõa ter outras opções que não seja utilizar os serviços de pagamento da Apple.

No entanto, a Apple teve que baixar o controle sobre a App Store em outros mercados, como Japão e Coreia do Sul, onde os reguladores obrigaram a Apple a permitir links para sites externos e tomaram outras medidas para reduzir as suas comissões.

Além dos números da App Store, a Apple também ofereceu atualizações em seus outros negócios de serviços, incluindo Apple Arcade, Apple Fitness+, Apple Music, Apple TV+, Apple News+, Apple Podcasts, Apple Books, Apple Pay e Wallet, Apple Maps e iCloud+.

É importante notar que o Arcade agora possui mais de 200 jogos, o Apple Music agora tem mais de 90 milhões de músicas em áudio lossless, a nova qualidade áudio da Apple, o Apple TV+ ganhou 190 prémios da indústria, o Apple Fitness+ cresceu para incluir quase 2.000 sessões de conteúdo de treino, o Apple News continua a ser a principal fonte de notícia onde está presente, enquanto o Apple Pay chegou a quase 60 países e regiões.

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