Elon Musk afirma que a Apple ameaçou reter o Twitter da App Store por razões desconhecidas. A notícia segue na sequencia de um post no Twitter em que Musk disse que a Apple “quase parou de anunciar” na plataforma e uma pesquisa a perguntar se a Apple deveria “publicar todas as ações de censura tomadas que afetam os seus clientes”. A Apple não comentou a afirmação de Musk.
A notícia segue sinais muito mais claros de tensão crescente entre a Apple e o Twitter de Musk. Musk criticou a taxa da App Store da Apple para compras no aplicativo, chamando-a de “imposto oculto de 30%” na internet. O chefe da Apple App Store, Phil Schiller, apagou a sua conta no Twitter após a aquisição de Musk, logo depois da conta de Donald Trump ter sido restabelecida.
Numa entrevista a 15 de novembro para a CBS News, o CEO da Apple, Tim Cook, disse que “eles dizem que vão continuar a moderar. Estou a contar com eles para continuarem a fazer isso.” Musk, no entanto, prometeu abrandar as diretrizes de moderação do Twitter e lançou a ideia de restaurar em massa de contas suspensas.
Apple has also threatened to withhold Twitter from its App Store, but won’t tell us why
— Elon Musk (@elonmusk) November 28, 2022
O Twitter há muito que testa os limites da moderação da App Store da Apple, que levou com sucesso o Discord, o Tumblr e outros serviços a ocultar conteúdo potencialmente ofensivo (normalmente conteúdo adulto) ou bani-lo completamente.
O Twitter continua a ser uma das únicas grandes plataformas a ainda permitir conteúdo adulto no seu aplicativo, e um editorial recente do ex-executivo do Twitter, Yoel Roth, revelou que ele discute periodicamente com a Apple por causa de conteúdo como calúnias raciais e a hashtag #boobs.
Se a declaração de Musk for precisa, “reter” pode significar rejeitar temporariamente uma atualização do aplicativo do Twitter ou pode significar envolver-se numa ameaça mais séria de inicializar o Twitter a partir da App Store do iOS, o que seria um resultado potencialmente devastador para o Twitter.
Fonte: Forbes