A ideia é tirar uma fotografia de um suspeito sinal ou lesão através do smartphone, de seguida, a fotografia é analisada por um aplicativo, e alguns segundos depois, o resultado determina se é cancerígeno ou não. A ideia é de certa maneira, permitir uma rápida e barata triagem para milhões de pessoas que não têm acesso a médicos especialistas.
Um professor da Universidade de Houston, nos EUA, criou um aplicativo chamado DermoScreen, que está a ser avaliado para mais testes no MD Anderson Cancer Center, na Universidade do Texas.
George Zouridakis, professor de engenharia tecnológica, trabalha neste projecto desde 2005, e já conseguiu criar o aplicativo para o iPhone.
Para além de um smartphone, a tecnologia precisa de um dermatoscópio, uma lente especial que custa cerca de 500 dólares (~362 euros), que oferece uma iluminação especial da área a ser fotografada.
O DermoScreen pode ser comercializado em breve. Os investidores já mostram interesse nesta tecnologia à mais de um ano, depois de uma equipa de estudantes de empreendedorismo da Universidade de Wolff ter realizado um plano de negócios no qual lhes garantiu o grande prémio nos California Dreamin’, em 2013. Na altura, George Zouridakis tinha outros planos, e queria encontrar outros diagnósticos para a tecnologia e para garantir que esta, era o mais precisa possível.
A professora assistente de dermatologia da MD Anderson, Dr. Ana Ciurea, afirma que o projecto ainda está num estado muito inicial.
A nossa pesquisa com o Dr. Zouridakis no seu aplicativo para iPhone vai-se concentrar em avaliar o seu uso para avaliação de risco e como ferramenta de triagem para detecção precoce de melanomas.
Estamos num estado muito inicial de planeamento e aprovação deste projecto, mas esta aplicação, se for aceite, tem um potencial de uso generalizado para melhorar o atendimento ao paciente.
A pesquisa sobre outros usos desta tecnologia continua e, a patente foi emitida para o software e tecnologias relacionadas.
Segundo Zouridakis, este aplicativo é um cruzamento de engenharia, física, biologia, ciência de computação e medicina.
O projecto já recebeu um financiamento de 50 mil dólares da divisão de pesquisa da Universidade de Houston.