Análise Samsung The Freestyle: Review a um projetor portátil de grande qualidade

A Samsung é uma fabricante sul-coreana que não precisa de apresentações, não só no mercado dos smartphones, mas também nas televisões. E é nesta última área de multimídia que partilhamos esta review, de um projetor portátil Samsung The Freestyle.

Com The Freestyle, a Samsung tenta revolucionar o conceito de “projetor”. Enquanto os modelos convencionais são melhor instalados na sala de estar e nunca mais se movem após a configuração inicial, é altamente encorajado levar o Freestyle consigo. É verdade que também existem projetores portáteis, mas por norma a qualidade deixa muito a desejar, sendo apenas para um desenrasque. Mas é aqui que a Samsung dá um passo em frente.

A Samsung acredita que haja muitas pessoas que procuram um projetor portátil com uma qualidade acima da média, sendo que a própria marca nos confessou que as vendas correram muito melhor do que estavam prevista, o que levou a marca a demorar alguns meses para enviar a todos os clientes os produtos. Mas será que vale os 999€? É isto que passamos a ver (e também encontrará um pouco mais barato do que o preço normal).

Design e desempenho

O Samsung The Freestyle tem um aspecto diferente dos mini-projetores convencionais. Isto porque a Samsung se desvia da forma retangular tradicional e acondicionou o projetor, os altifalantes e o cérebro inteligente da televisão num design de forma cilíndrica. Isto assenta numa dobradiça de 180 graus, tornando o Freestyle o projetor mais flexível do mundo. No entanto, seria desejável uma certificação IP de forma a que, tendo em conta o objetivo do projetor ser portátil, fosse um pouco resistente a algumas situações que podem ocorrer.

O design do Samsung Freestyle é melhor descrito por imagens, porque é maravilhosamente pouco convencional. O mini-projetor consiste num suporte com uma dobradiça de 180 graus e uma unidade primária que é composta pelo projetor, altifalantes e outro hardware. Na frente, encontrará alguns botões tácteis e duas portas (USB-C para alimentação e mini-HDMI) no lado esquerdo.

Não são muitas portas, mas, mais uma vez, a ideia é ser portátil e não o podemos comprar com um projetor convencional, apesar do seu preço. No entanto, a verdade é que a porta USB-C poderia ter o suporte ao padrão Thunderbolt, já que permitiria, por exemplo, conectar com um computador e partilhar o ecrã para o projetor.

A sua utilização será mais fácil através do comando do que dos botões, que servirão mais para um desenrasque, já que não achei fáceis de usar. O comando vem incluído no pacote, no entanto a caixa protetora não e tem de ser adquirida à parte, o que, tendo em conta o preço deste produto, e o objetivo de ser portátil, é uma pena não vir incluído.

É verdade que o The Fresstyler não conta com certificação IP, mas a caixa, essa sim é bem protetora e de alta qualidade, que irá tentar manter o projetor livre de qualquer situação adversa.

Qualidade de imagem e fecho automático

O Samsung Freestyle baseia-se na tecnologia LED e tem uma resolução máxima de 1080p. Em comparação com outros mini-projetores, este é bastante escuro com um brilho de 550 lúmenes LED, mas pode exibir nitidamente tamanhos de ecrã de 30 a 100 polegadas. A Samsung especificou uma vida útil de lâmpada de 20.000 horas. O ruído de funcionamento de 30 decibéis não é muito e acaba por ser similar aos concorrentes.

No papel, o Samsung Freestyle não rebenta com nenhum projetor. Afinal de contas, 550 lúmenes LED de brilho e uma resolução máxima de 1.920 x 1.080 são, na melhor das hipóteses, médios para um mini-projetor. Mas durante a nossa utilização, o projetor conseguiu convencer com um visor nítido graças à sua capacidade de autofocagem e grandes cores. Além disso, há muitas opções disponíveis para ajustar a imagem nas definições.

O que (principalmente) não tem de se preocupar com o Freestyle é o bloqueio da imagem. Para isso, o fabricante incluiu tanto uma focagem automática, correção automática de keystone, como uma função de inclinação, sendo que obviamente haverá alguma luz projetada, por muito preto que seja.

Uma das coisas que impressiona é a sua adaptação de imagem. Já sabemos que as pessoas querem uma coias que seja ligar e funcionar e a Samsung consegue oferecer isso com a focagem automática, correção automática e a inclinação automática que permite que o equipamento projete imagem em qualquer situação, não sendo obrigatoriamente projetado de frente para uma parede, que a imagem é adaptada de forma a ficar correta, graças aos sensores adicionar pela Samsung para tal.

Funções e desempenho inteligentes

A Samsung equipou o seu Freestyle com um sistema operativo TizenOS, como é normal que aconteça o que se já tiver uma televisão da marca já estará familiarizado. Felizmente, pode aceder ao serviço Samsung TV Plus assim como a aplicações para Netflix, Disney+, Amazon Prime Video e muitas outras, sendo que as que nomeei estão disponíveis em botões no próprio comando do The Freestyle.

O mini-projetor da Samsung é muito bom nas suas capacidades multimédia, compensando a “simples” disponibilidade de botões, que poderão não ser o suficientes. A extensa loja de aplicações no TizenOS oferece aplicações para todas as bibliotecas de meios de comunicação populares e serviços de streaming, bem como numerosos jogos móveis.

Outra coisa que a Samsung também adiciona foi o seu assistente de voz. No entanto, por razões de privacidade, há um botão específico para que seja possível ao utilizador desligar os vários microfones do projetor para essa funcionalidade, mas pode continuar a utilizar no comando.

Outra característica positiva é como pode transformar o projetor numa luz ambiente através da tampa protetora incluída. A Samsung instalou alguns protetores de ecrã Ambience nos 2,5 GB de memória interna para este mesmo fim. No entanto, verificamos que o Tizen tens ali alguns momentos de lentidão e tendo em conta que não tenho comandos não conseguimos testar a possibilidade de jogos, pois seria interessante perceber se a lentidão que acontece raramente, também acontece nos jogos (apesar de, acredito eu, quem compre este produto não tem o gaming como objetivo).

Som

O Freestyle tem um altifalante de 5 watts que deve permitir um som de 360 graus. Dolby Digital Plus, Adaptive Sound, Dialog Enhancement e, acima de tudo, Bluetooth é conectividade para ligar altifalantes externos também estão a bordo.

O altifalante integrado de 5 watts no Samsung Freestyle faz o seu trabalho suficientemente bem. Com isso, quero dizer que se pode fazer colocar filmes e séries suficientemente alto para compreender o diálogo sem ter de ouvir atentamente. Ao mesmo tempo, os altifalantes são superiores ao ruído dos ventiladores do Freestyle sem qualquer problema.

Embora tenha ficado satisfeito com a fácil capacidade do menu de ligar colunas Bluetooth e até periféricos como um rato e um teclado, esqueça se a ideia for ligar um sistema analógico com um adaptador jack de 3,5mm, por exemplo, já que não é possível.

Portátil… Mas a bateria compra à parte

A ideia de apelidar o Samsung The Freestyle como projetor portátil é um pouco errada, pois se é verdade que o aparelho tem um tamanho para ser portátil, falta-lhe uma bateria para ser, verdadeiramente, portátil, e isso apenas é possível se a comprar à parte. A “única” forma de ligar o projetor é através de cabo, sendo que o poder de carregamento é de 65W.

Felizmente, hoje em dia existem muitas opções no mercado de powerbanks com a capacidade de carregamento a 65W, o que é o requisito para que este aparelho funcione, permitindo, de uma forma mais fácil, aproveitar a portabilidade que um projetor desta qualidade oferece.

Samsung The Freestyle: Veredito

Pontos a favor:

  • Processo de configuração fácil
  • Boas características características inteligentes
  • Muitas opções de entretenimento
  • Óptima imagem em quartos escuros
  • Bom som

Pontos Contra:

  • Sem bateria incorporada (compra separada)
  • Sem mala de transporte (compra separada)
  • Sem proteção de água e poeira

Ora após mais de uma semana a testar este produto, considero que é um produto de grande qualidade. Talvez a definição de projetor portátil não seja completamente certa, mas se tiver os meios (ou comprá-los), é uma excelente opção, apesar de o preço do produto ser bastante elevado.

É verdade que o The Freestyle está muito bem pensado, com sensores de imagens que permitem preocupar-nos apenas em ligar o projetor e começar a funcionar com ele, pois, de resto, os sensores fazem uma adaptação automática à superfície onde a imagem é projetada, em vez de termos de perder algum tempo na preparação da imagem. E, obviamente, este tipo de inteligência e tecnologia acaba por encarecer este produto.

Não me interprete mal, a qualidade de vídeo é muito boa e cumprirá com grande parte das utilizações, sendo que apenas temos a apontar os 550 lúmenes LED que com luz do dia tornam quase impossível de usufruir deste aparelho. Já para não falar do design, que está muito bem construído e ainda a dobradiça de 180 graus, que também é muito inteligente por parte da Samsung, já para não falar da variedade de conteúdo que o Tizen nos oferece, seja através do Samsung TV Plus, da Netflix, Disney+ ou Prime Video, que até têm botões próprios no comando.

No entanto, os 999€ que a Samsung pede por este produto não deixa de ser muito dinheiro que, para quem pretende apenas de usufruir de vídeo em qualquer situação ocasionalmente, se torna demasiado.

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